O especialista militar russo Vasily Kashin destacou no seu comentário para a Sputnik que no futuro tal atividade de militares chineses no exterior poderá ser intensificada.
Hoje a China é um dos maiores fornecedores de pessoal para operações de paz da ONU entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Em 2015 cerca de 2,2 mil militares e policiais chineses estiveram no exterior participando de missões de manutenção de paz. A participação em tais missões eleva a influência chinesa no mundo e permite preparar muitos militares com experiência de vida no exterior e contatos com pessoas de outras culturas.
As operações a serem realizadas com a participação do novo departamento terão caráter humanitário e de paz, sendo, como regra, realizadas com a autorização do Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, destaca Kashin, há uma tendência de aumentar o papel do Exército de Libertação Popular da China na proteção dos interesses chineses no exterior e isso, na opinião do especialista russo, pode levar a operações chinesas fora do quadro da ONU.
A lei pressupõe que, para enviar forças militares para o exterior, é necessário o consentimento do governo do país onde a operação deverá ser realizada. Pode ser que o novo departamento seja responsável por realizar negociações e criar mecanismos de coordenação. Entretanto, a lei não diz nada sobre as situações em que o país não tenha um governo internacionalmente reconhecido.
Provavelmente, a criação do novo departamento levará a uma nova onda de operações humanitárias e de paz, em particular na África, bem como a ampliação da ação da Marinha chinesa.