China irá reforçar atividades militares no exterior

© AFP 2023 / PETER PARKSSoldados do Exército de Liberação Popular da China preparam-se para ser enviados para uma missão no Sudão, na base militar na província chinesa de Henan, 2007 (foto de arquivo)
Soldados do Exército de Liberação Popular da China preparam-se para ser enviados para uma missão no Sudão, na base militar na província chinesa de Henan, 2007 (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Recentemente a China anunciou a criação do Departamento para Ações no Exterior no âmbito de Direção Operacional do Estado-Maior Unido do Conselho Militar Central.

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Trata-se da participação de militares chineses em missões de evacuação de civis de zonas de conflito, durante calamidades, em operações de paz e exercícios internacionais.

O especialista militar russo Vasily Kashin destacou no seu comentário para a Sputnik que no futuro tal atividade de militares chineses no exterior poderá ser intensificada.

Hoje a China é um dos maiores fornecedores de pessoal para operações de paz da ONU entre os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. Em 2015 cerca de 2,2 mil militares e policiais chineses estiveram no exterior participando de missões de manutenção de paz. A participação em tais missões eleva a influência chinesa no mundo e permite preparar muitos militares com experiência de vida no exterior e contatos com pessoas de outras culturas.

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Desde os acontecimentos na Líbia em 2011, as Forças Armadas chinesas começaram a participar da evacuação de compatriotas de zonas de conflitos internacionais. Ao mesmo tempo, aumenta o número de exercícios conjuntos com países de diferentes regiões do mundo. O Exército chinês se transforma em um instrumento cada vez mais importante da política externa do país, que contribui para a formação da imagem da China como potência mundial.

As operações a serem realizadas com a participação do novo departamento terão caráter humanitário e de paz, sendo, como regra, realizadas com a autorização do Conselho de Segurança da ONU. Ao mesmo tempo, destaca Kashin, há uma tendência de aumentar o papel do Exército de Libertação Popular da China na proteção dos interesses chineses no exterior e isso, na opinião do especialista russo, pode levar a operações chinesas fora do quadro da ONU.

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China moderniza suas forças armadas
As alterações recentes na legislatura chinesa permitem à China usar as suas Forças Armadas e forças especiais para combater o terrorismo no fora do país.

A lei pressupõe que, para enviar forças militares para o exterior, é necessário o consentimento do governo do país onde a operação deverá ser realizada. Pode ser que o novo departamento seja responsável por realizar negociações e criar mecanismos de coordenação. Entretanto, a lei não diz nada sobre as situações em que o país não tenha um governo internacionalmente reconhecido.

Provavelmente, a criação do novo departamento levará a uma nova onda de operações humanitárias e de paz, em particular na África, bem como a ampliação da ação da Marinha chinesa.

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