O gerente geral da divisão brasileira da China Railway Eryuan Engineering Group Company, Hou Honglin, disse que "os promotores do projeto no Brasil e no Peru estão fornecendo recomendações que nos ajudarão a modificar nosso relatório em médio prazo", e afirmou que "posteriormente enviaremos nossos especialistas para esses países para conhecê-los pessoalmente" e “trabalhar em um relatório final".
A infraestrutura transcontinental vai diminuir o tempo de transporte dos produtos e evitar que as matérias-primas da América do Sul tenham que passar pelo Canal do Panamá, onde levam cerca de 30 dias de navegação para chegar à China.
"Neste momento, os custos de transporte são muito elevados", mas, uma vez que a ferrovia ligando o Atlântico e o Pacífico existir, os custos serão muito reduzidos, afirmou Cid Ricardo, um coordenador do Bom Futuro, um dos maiores grupos agrícolas brasileiros.
O percurso planejado terá mais de 5.000 quilômetros, atravessará a Amazônia e os Andes – onde transitará a mais de 2.500 metros acima do nível do mar – e vai exigir um orçamento de 50 bilhões de dólares, embora a análise da viabilidade da obra ainda deva ser concluída (em maio).
Além de Brasil e Peru, outros países sul-americanos que poderiam se beneficiar do projeto são Bolívia e Chile.