O primeiro-ministro do Japão, um aliado dos Estados Unidos na região da Ásia-Pacífico, ignorou o apelo do presidente americano Barack Obama de cancelar a sua visita à Rússia. Assim, ele criou um precedente perigoso para Washington, tornando-se o primeiro líder do grupo G7 a optar por reunir-se com o presidente russo em um formato bilateral. Agora, após a visita de Abe à Federação da Rússia, o primeiro ministro da Itália, Matteo Renzi, deve chegar ao país para participar do fórum de investimento anual em São Petersburgo, que vai acontecer em junho.
"O Japão não se pode permitir o ‘isolamento’ da Rússia, porque os vizinhos de Tóquio, as potências regionais como China e Coreia do Sul, se tratam o mesmo país com desconfiança", disse o especialista do Centro Carnegie de Moscou, Aleksandr Baunov.
"O Japão é um país que não tem amigos na sua própria região, portanto, relações com a Rússia são muito importantes para ele", concluiu ele.