Os três países africanos estão enfrentando a ameaça de violência jihadista e querem melhorar o seu sistema de defesa e, depois do sucesso da Rússia na Síria, estão se orientando para Moscou, informa um artigo no jornal turco BirGun. A cooperação entre a Rússia e os países muçulmanos, especialmente na África do Norte, está se desenvolvendo.
Em março, o rei de Marrocos Mohamed VI fez uma visita a Moscou que, tradicionalmente, resultou em um número de acordos importantes. Em 2014, a Rússia foi o nono maior parceiro de Marrocos, aumentando os investimentos neste país devido à sua situação política estável.
No que se refere à Tunísia, a sua virada para Moscou aconteceu em março, depois de militantes do Daesh terem atacado a cidade de Ben Guerdan, situada perto da fronteira líbia.
A Argélia, outro país do Norte de África, começou a introduzir rigorosas medidas de defesa. No ano passado, o país comprou uma dúzia de caças Su-32 e Su-34, no valor de cerca de $500-600 milhões (R1,7-2 bi), helicópteros de ataque Mi-28NE e um avião de transporte Il-76MD-90A. Recentemente, a Rússia enviou à Argélia um satélite que vai permitir monitorar a situação nas fronteiras com a Tunísia, a Líbia, o Mali e o Niger.
De acordo com o artigo, a razão do desenvolvimento da cooperação entre os países muçulmanos e a Rússia é que Moscou pode oferecer mais do que os EUA e outros países ocidentais, que raramente compartilham dados dos serviços secretos.
Ao contrário das previsões, o envolvimento da Rússia no conflito sírio não alterou a orientação da África do Norte e do Oriente Médio em relação a Moscou.
“Agora a Rússia é uma potência global e os países muçulmanos, faceando ameaças à segurança, estão buscando a cooperação militar com Moscou”, concluiu o autor.