Chanceler turco compara condições da UE para isenção de vistos com apoio ao terrorismo

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Ancara considera a exigência da União Europeia de alteração da legislação antiterrorista turca como apoio ao terrorismo, escreve a agência Anadolu nesta terça (17), citando o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu.
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O ministro disse que a Turquia não aceita pressão e não vai ceder nem um passo.

"A simplificação do regime de vistos é um direito dos cidadãos turcos, não é um favor. Os cidadãos de alguns países candidatos conseguiram este direito antes de iniciarem as negociações sobre a adesão à UE", afirmou Cavusoglu.

O diplomata também desmentiu as palavras dos representantes da União Europeia sobre as ameaças de Ancara à UE.

"Nós não ameaçamos. Somente falamos a verdade. Não precisam exagerar. O que nós conversamos hoje é uma simplificação de regime de vistos e não a adesão à EU. Cada um deve cumprir as promessas", disse o ministro.

Cavusoglu também acrescentou que a UE não será capaz de se tornar uma potência global e resolver os problemas económicos sem a ajuda da Turquia.

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Antes a Comissão Europeia informou que Ancara tinha que cumprir as últimas cinco condições da lista até o final de junho. Entre elas estão as medidas de prevenção da corrupção, as negociações sobre o acordo com a Europol, a cooperação judiciária com todos os países membros da união, a implementação de regras de proteção de dados em conformidade com as normas da UE e a revisão da legislação sobre o combate contra o terrorismo.

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A decisão da Comissão Europeia foi criticada duramente pelo presidente turco Recep Tayyip Erdogan, que afirmou que o país não vai mudar sua legislação antiterrorista. Além disso, o presidente turco acrescentou que espera que as partes coordenem o regime de isenção dos vistos até outubro.

A abolição dos vistos faz parte do acordo sobre os refugiados assinado em março por Ancara e Bruxelas. Em retorno, a Turquia tem que cumprir as 72 condições apresentadas pela União Europeia.

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