Primeiro, o sacerdote de catedral de São Nicolau dos Marinheiros dirigiu a cerimônia do batismo do quebra-gelo. Logo em seguida, a presidente do Senado russo e ex-governadora da cidade, Valentina Matvienko, de acordo com a tradição, quebrou uma garrafa de champanhe no casco do navio.
Depois disso foram cortados os cabos que seguravam o quebra-gelo na rampa de descida.
"E difícil de sobrestimar o trabalho realizado pelos cientistas, engenheiros e construtores navais russos. Sinto-me orgulhoso pelo nosso país, pelo nosso povo, que construiu este navio", disse Matvienko. Ela fez ainda a observação de que a Rússia é o único país que possui a sua própria frota de quebra-gelos nucleares, o que permite realizar projetos no Ártico.
"Atingimos um patamar novo de qualidade nos estudos desta região riquíssima", sublinhou ela. "Vento em popa, grande Arktika!"
Representante plenipotenciário do Presidente na região federal noroeste Vladimir Bulavin fez notar que o país continua construindo navios apesar das dificuldades econômicas que enfrenta.
"De uma certa maneira, é a nossa resposta às ameaças e desafios de hoje", disse Bulavin.
Já o diretor-geral da estatal Rosatom, Sergei Kirienko, chamou o lançamento do quebra-gelo ao mar de uma vitória importante dos engenheiros e de todos os que trabalham nos Estaleiros Bálticos. De acordo com ele, o Arktika cria um novo potencial nas áreas de segurança e economia do país.
As obras de construção do quebra-gelo Artkika foram iniciadas em novembro de 2013. O navio tem 173, 3 metros de comprimento, 34 metros de boca e 33,5 mil toneladas de deslocamento. A tripulação é de 75 pessoas. É equipado com o reator RITM-200, com potência de 175 megawatts.
O contrato prevê a entrega de três quebra-gelos nucleares tipo 22220 produzidos nos Estaleiros Bálticos para a Atomflot, empresa afiliada da estatal Rosatom. Em maio passado foi dado início às obras de construção do outro quebra-gelo — o Sibir (Sibéria). Este outono o começarão a fabricar mais um navio desta série – o Ural.