"É-nos dito, em todo o mundo, por cada governo, que estamos em uma guerra contra terrorismo", escreveu Christopher Black em um artigo seu para o site New Eastern Outlook.
Eles querem que lutemos e nunca perguntemos por quê ou por quem. Parece que isso não importa mais.
"As pessoas não precisam saber por que 'terroristas' existem ou quem eles são, o que os motiva, ou mesmo se eles realmente existem, pois eles são simplesmente "terroristas", disse o advogado, se referindo à frase de George Bush usada depois dos ataques de 2001.
"A guerra contra o terrorismo é, na verdade, a guerra americana contra o mundo", afirmou o autor.
"Os russos, quando dizem que estão lutando contra o 'terrorismo' na Síria, sabiam que, na verdade, estão lutando contra os Estados Unidos e seus aliados e suas forças de segurança", acrescentou Christopher Black.
"Explosões e tiroteios na Europa, na Ásia, nos EUA e na Rússia estão todos ligados à guerra real que está sendo conduzida pelos Estados Unidos contra o mundo que eles querem controlar e, de fato, pode ser melhor descrita como uma guerra de terror que está sendo travada contra o resto de nós pelos EUA e seus estados vassalos".
O autor também observa que, curiosamente, "cada ataque, de Londres a Madrid, Paris, Boston e os tiroteios" sempre acabam com os atacantes mortos em vez de presos", como se para esconder intencionalmente quem foi o idealizador real do ataque.
"O uso da palavra 'terrorismo' não diz nada, não conta informação útil que possa levar à compreensão de eventos e circunstâncias. É uma palavra usada para dopar a mente, paralisar o pensamento, minar a vontade. A linguagem é um instrumento importante para controlar pessoas. Aceitar os termos da propaganda usada por potências que querem nos controlar é se render a eles completamente, porque uma vez que fazemos isso, perderemos a capacidade de pensar racionalmente, analisar, questionar", afirmou o advogado criminal.
"Finalmente, o terror é um ato, usado por aqueles quem não podem obter legitimamente o que querem. Atos individuais de terror realizados por um terrorista solitário ou por um pequeno grupo, são realizados porque eles não têm outro poder político, mas apenas tentam assustar a população. Mas os atos de terror, conduzidos por aquelas facções da sociedade que detêm o poder do Estado, provam que eles conhecem seus objetivos e métodos como sendo criminosos. E por isso eles têm de recorrer ao terrorismo contra seus próprios povos, a fim de manter o controle e a dominação".
"Se queremos eliminar o terrorismo no mundo, então temos de eliminar as condições que trazem ao poder aqueles que estão dispostos a usar o terrorismo para governar", continua ele.
"Talvez alguém lá fora tenha a resposta para tudo isso. Eu não. Mas não vamos a encontrar, até mesmo procurar a resposta, a menos que saibamos quando chamar as coisas pelos nomes, e não de 'terrorismo'", concluiu Christopher Black.