"O governo deve conceder sem demora ao Escritório do Alto Comissariado para os Direitos Humanos das Nações Unidas a permissão para entrar na zona e investigar de acordo com seus padrões", exorta o texto.
De acordo com Emma Sinclair-Webb, principal investigadora da HRW na Turquia, o bloqueio de Ancara promove "preocupações sobre um grande encobrimento".
Segundo a HRW, pelo menos 338 civis foram mortos em confrontos desde a ruptura do cessar-fogo entre o governo e os combatentes curdos em julho de 2015. Outras estimativas variam entre 500 e 1.000 civis mortos. A maior parte da destruição, de acordo com o relatório, tem ocorrido em nove cidades no sudeste da Turquia, incluindo a cidade fronteiriça de Cizre.
Pictures by @hrw shows homes and entire neighborhoods destroyed in Cizre after the Turkish army attacked the town. pic.twitter.com/TwVq0wP4XA
— Turkey Untold (@TurkeyUntold) 11 июля 2016 г.
Foram introduzidos toques de recolher ininterruptos em 22 municípios e bairros, afirma a HRW, acrescentando que tais medidas proíbem qualquer movimentação sem permissão e impedem o acesso de organizações não governamentais, jornalistas e advogados à região.
Sinclair-Webb insiste que "os procuradores devem investigar exaustivamente e de forma eficaz todas as denúncias de abusos por parte das forças estatais e grupos armados", e que não se devem permitir "medidas judiciais ou extrajudiciais" que assegurem a impunidade dos responsáveis por esses crimes.
Apesar das crescentes evidências de abuso, o governo turco nega ter atacado civis em suas operações militares no sudeste do país.