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Brasil expressa preocupação com detenções na Turquia

© AP Photo / Joedson AlvesManifestantes anti-Dilma passam na frente de uma bandeira do Brasil durante o ato de 17 de abril
Manifestantes anti-Dilma passam na frente de uma bandeira do Brasil durante o ato de 17 de abril - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores do Brasil, José Serra, expressou preocupação com as prisões de milhares de funcionários públicos após a tentativa de golpe na Turquia, diz a nota do ministério.

De acordo com o documento, divulgado na noite desta segunda (18), o governo brasileiro registra o fim da tentativa do golpe, graças a esforços que contaram com a participação da sociedade civil e o apoio unânime dos partidos políticos representados no Parlamento turco, mas lamenta a morte de centenas de pessoas na Turquia.

​"Manifestamos, contudo, nossa preocupação com relatos de cerceamento de liberdades individuais de milhares de membros do Poder Judiciário, incluindo juízes e procuradores, na sequência daquele episódio", comunicou o ministro.

No comunicado, o governo brasileiro também expressou seu desejo de que "a paz e a tranquilidade institucional sejam plenamente restabelecidas naquele país amigo".

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Anteriormente, a presidente afastada, Dilma Rousseff, comparou a tentativa de golpe de Estado na Turquia com a decisão do Senado de separá-la do poder, substituindo-a provisoriamente pelo vice-presidente, Michel Temer, dentro do processo de impeachment.

Na noite de sexta (15) durante a tentativa de golpe militar na Turquia morreram mais de 290 pessoas e 1.440 ficaram feridas. 

De acordo com o ministro da Justiça turco, Bekir Bozdag, após o golpe falhado foram presas cerca de 7.500 pessoas. 

Cerca de 6.000 militares foram também suspensos das forças armadas e existem ainda cerca de 3.000 mandados de captura contra juízes, magistrados e procuradores.

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Durante a noite, os envolvidos no golpe atacaram uma série de instalações em Ancara, inclusive o prédio do Estado-Maior, as sedes da polícia, do Ministério do Interior e o Parlamento. 

Depois do apelo do presidente do país, Recep Tayyip Erdogan, as ruas das principais cidades da Turquia foram tomadas por milhares de pessoas contrárias ao golpe militar. Na praça Taksim, em Istambul, os militares disparam contra os manifestantes que protestavam contra a intervenção do Exército. Algumas horas após a tentativa de golpe, a Organização Nacional de Inteligência da Turquia informou que a situação no país "voltou ao normal".

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