As discussões sobre o avião russo Su-24, abatido perto da fronteira síria, voltaram à agenda. A imprensa turca comunicou que entre os supostos participantes do fracassado golpe de Estado estavam os dois pilotos que abateram o avião russo. Por sua vez, a agência France-Presse, se referindo a um alto funcionário turco, escreveu que os pilotos estão presos. O ministro da Justiça Bekir Bozdag disse que "apareceu a informação sobre detenção dos pilotos, mas ainda não está confirmada". De acordo ele, há rumores de que um dos pilotos que abateram o avião russo está detido ou preso.
O coronel aposentado do exército turco e deputado do Partido Republicano do Povo, Dursun Cicek, afirma que a decisão de derrubar o avião não tem nenhuma ligação com a tentativa de golpe.
"Essas decisões são tomadas de acordo com o procedimento estabelecido. O piloto não poderia derrubar o avião sem a ordem correspondente, que deve ser feita de acordo com certos procedimentos do exército. Por isso, o piloto sem receber permissão não poderia lançar o míssil", disse ele, acrescentando: "Poderia o próprio piloto decidir? Poderia. Mas em qualquer caso, o lançamento foi feito de acordo com o procedimento estabelecido. Eu acho que não vale a pena vincular este incidente com a tentativa de golpe."
"Se eles realmente são membros da organização [de Gulen], então atualmente se cria artificialmente a percepção de que eles têm usado a iniciativa a favor da organização. Mas estes dois incidentes são diferentes. Avaliá-los em conjunto seria um erro", concluiu Cicek.