Na análise, feita para o site de notícias russo PolitRussia, o jornalista sugere que a resolução da crise passa por compreender que Pyongyang considera as armas nucleares como a única garantia de que sobreviverá a um ataque dos EUA ou dos seus aliados. Ao mesmo tempo, ele notou que, esforçando para se proteger, a Coreia do Norte se tornou uma ameaça global.
Kim Jong-un conseguiu deteriorar suas relações com a China, com a qual sempre teve laços estreitos.
Neste contexto, é notável que o líder norte-coreano nunca tenha realizado visitas oficiais à China ou mesmo se encontrado com Xi Jinping.
Na opinião de Radugin, a decisão sul-coreana preocupou não somente Pyongyang, mas também Pequim e Moscou.
"É evidente que a introdução destas armas na região levará à escalada de tensões", disse.
Em resposta ao teste norte-coreano, a Coreia do Sul publicou um plano de ataque que prevê reduzir a cinzas Pyongyang.
Ao mesmo tempo, Pequim disse que é necessário reiniciar negociações entre seis países e Moscou apelou a que sejam respeitadas as resoluções da ONU. Radugin disse que infelizmente Tóquio também alinhou com a posição de Washington que se manifesta por mais sanções contra Pyongyang. Na opinião de Radugin, todas as sanções somente consolidam o governo norte-coreano.
Outro problema, notou o especialista, consiste em que a Coreia do Norte decidiu agir da maneira norte-americana, ou seja ignorando tudo e todos.
Na opinião do jornalista, a única possibilidade de resolver a crise é reiniciar negociações com a participação dos seis países (Rússia, China, Coreia do Norte, Coreia do Sul, EUA e Japão) e encontrar um compromisso entre Pyongyang e grupo liderado pelos EUA.