Entre as metas para o ano que vem da República do Kosovo, duas se destacam: receber o status de observador na ONU e atingir normalização das relações com Belgrado a nível presidencial.
De acordo com especialistas, é importante compreender que o plano para 2017 foi estabelecido antes da realização das eleições presidenciais nos Estados Unidos, ou seja, quando muitos acreditavam que a vitória da candidata democrata Hillary Clinton era uma possibilidade certeira.
Provavelmente, Prishtina ainda não esqueceu as palavras de Trump, quando ele se referiu ao Kosovo como "o quase-Estado das drogas".
As autoridades e a União Europeia estão claramente interessadas em saber qual será a posição de Trump com relação ao Kosovo após sua posse, que será realizada em 20 de janeiro de 2017.
Todo mundo sabe que sem o apoio dos EUA, a existência de Kosovo é posta em perigo.
Além disso, Prishtina possui um "plano B" ligado ao possível apoio a UE e aliados na administração atual, mesmo com sua saída do poder.
Os patronos do Kosovo na UE vão tentar pressionar Belgrado apresentando novas exigências para adesão da República à união, ou seja, continuarão reafirmando que Kosovo não faz parte do território sérvio.
A jornalista Brankica Ristic escreveu para a Sputnik Sérvia:
"Trump é homem de negócios. Ele com certeza questionará se Kosovo vale o dinheiro investido pleos EUA. Mais do que isso, Washington não vem investindo bilhões de dólares na economia e desenvolvimento industrial, mas no apoio ao Kosovo como um projeto político."
Em entrevista à mídia sérvia, Vladislav Jovanovic, ex-embaixador da Iugoslávia na ONU sublinhou:
"À Casa Branca chega um homem de negócios pragmático, que, ao invés de usar o modelo ideológico da família Clinton, vai fazer com os EUA dominem não através de guerras, mas por outros meios."