No decorrer da sua campanha eleitoral, Trump manifestou várias vezes que iria fazer todo o possível para solucionar a crise das relações bilaterais com Moscou, já que dar continuidade à política externa atual levaria a uma corrida armamentista e aumento das tensões entre a OTAN e a Rússia.
De acordo com a National Interest, ainda há esperança de que a administração Trump empreenda tal tentativa, pondo fim à confrontação com a Rússia, confrontação que inclui a ampliação da OTAN para Leste e o apoio às ‘revoluções coloridas’ na região pós-soviética.
Para suavizar os danos colaterais da crise ucraniana, a National Interest propõe três passos.
O objetivo prioritário é chegar a um acordo com a Rússia quanto à Crimeia, o que poderia ser uma forma de os EUA e a UE formalmente não reconhecerem a soberania da Rússia sobre a península, mas também não insistirem na restituição do território a Kiev.
Para concluir, propõe-se convencer a Europa e a Rússia, ao lado dos EUA, a prestar assistência econômica à Ucrânia. Segundo dizem os autores do artigo, ela deve consistir no restabelecimento da infraestrutura arruinada e no pagamento de indemnizações aos refugiados e sinistrados em resultado das hostilidades.
A estabilidade econômica e política da Ucrania são vantajosas para todos, inclusive para a Rússia, afirma a National Interest, e Donald Trump tem todas as chances para tentar recuperar as relações construtivas com a Rússia e fazer todo o mundo sair do impasse perigoso.