Europa teme perder instrumentos de pressão sobre Turquia

© AP Photo / Osman Orsal, FileBandeiras da União Europeia e da Turquia
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A chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, diz que o fim das negociações para o ingresso da Turquia na União Europeia será uma perda para os dois lados.

Da direita à esquerda: o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, são vistos antes do início de um encontro em Bruxelas em 21 de janeiro de 2014 - Sputnik Brasil
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"No caso do fim do processo de ingresso eu penso que os dois lados perdem", disse ela nesta terça-feira, ao abrir os debates sobre a situação na Turquia, no âmbito da sessão plenária do Parlamento Europeu em Estrasburgo. 

Segundo Mogherini, UE perderia assim um importante canal de cooperação e um instrumento de pressão sobre a Turquia. A Turquia, por outro lado, "perderia muitíssimo".

Mogherini apontou que a "transição da retórica para ação no que diz respeito à pena de morte será um sinal de que a Turquia não deseja ser membro da família europeia, nem do Conselho Europeu, nem da União Europeia". 

Mais cedo, Mogherini, em nome dos 28 países-membros manifestou sérias preocupações com os recentes acontecimentos na Turquia. Os principais motivos para alarme seriam a possível restauração da pena capital, restrições à liberdade de imprensa, bem como a detenção de membros do parlamento turco do Partido Democrático dos Povos, conhecido por sua posição favorável aos curdos. UE vem declarando reiteradas vezes que o atual comportamento de Ancara coloca em xeque o seu ingresso na União Europeia.

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O acordo de associação entre UE e Turquia foi assinado em 1963. Em 1987, Ancara entrou com solicitação para ingressar na União Europeia. As negociações para o ingresso, que começaram somente em 2005, foram conturbados e eram frequentemente suspensos. Em março de 2016, os líderes dos países-membros da UE concordaram em acelerar as negociações, em troca da ajuda da Turquia para reduzir o fluxo de imigrantes e de refugiados, que transitam por seu território em direção ao Ocidente.  

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