Assim, nas tropas terrestres do exército americano prestam hoje serviço 479 mil soldados (o menor número de sempre desde a Guerra Fria); ficaram apenas 30 brigadas, um terço menos de que três anos atrás.
A Marinha dos EUA tem ao seu dispor 273 veículos, o mesmo número com que os EUA entraram na Primeira Guerra Mundial em 1917. A Força Aérea conta com 5 mil aeronaves, menos do que tinha depois da Segunda Guerra Mundial em 1947.
No auge da Guerra Fria, na década de 1960, os EUA adotaram a doutrina segundo a qual o exército norte-americano poderia, caso necessário, fazer a guerra em simultâneo com a União Soviética e a China e com qualquer outro país.
Atualmente há uma tendência perigosa: a necessidade de poder militar está crescendo, mas a capacidade militar do país está diminuindo, acredita o especialista.
O manual do Departamento da Defesa norte-americano anunciou a lista de ameaças estratégicas para os EUA: é a Rússia, China, Coreia do Norte, Irã e o terrorismo islâmico. Qualquer conflito regional com os dois primeiros países da lista provavelmente não será "regional".
Existe uma alta probabilidade de que, em caso um grande conflito regional com a participação dos EUA, as perdas poderão ser surpreendentemente altas. Na realidade, as Forças Armadas americanas já não têm a superioridade em número e qualidade do poder militar, conclui o autor do artigo da revista The National Interest.