"Submeter um povo pela força é a coisa mais covarde que se pode fazer", disse Macri, referindo-se ao governo do presidente venezuelano Nicolas Maduro.
Macri disse ainda que o governo Maduro, "ignorando os pedidos dos venezuelanos, o que é o mais importante, e do mundo inteiro, insiste em disposições que castigam ainda mais o seu povo. Isso é realmente covarde", sentenciou.
Os comentários hostis foram dados em resposta a uma pergunta sobre as afirmações do primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Diosdado Cabello, que havia chamado Macri de "covarde" pelo tratamento que o presidente argentino deu à chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, impedindo-a de entrar em uma reunião do Mercosul realizada na quarta-feira (14) em Buenos Aires.
Bachelet se mostrou mais cautelosa e sublinhou que o próprio povo venezuelano deve resolver a crise política que o país enfrenta. "Todos os países da União de Nações Sul-Americanas (Unasul)", disse Bachelet, "têm interesse em apoiar a intermediação do Estado do Vaticano junto ao secretário da Unasul [Ernesto Samper] para que os conflitos sejam resolvidos pela via pacífica e humanitária".
A ministra venezuelana disse que foi agredida por um policial quando tentou entrar na sede do Ministério das Relações Exteriores da Argentina com o chanceler boliviano David Choquehuanca.
A Venezuela não foi convidada para a reunião porque foi suspensa como membro pleno do bloco no dia 2 de dezembro, por supostas violações dos regulamentos internos do grupo regional. Caracas, no entanto, afirma ter incorporado mais de 95 por cento destas normas em sua legislação nacional.