Pequim considera a próxima cúpula dos BRICS, que será realizada na China, como uma oportunidade de sumarizar a experiência positiva da organização e de ampliar a colaboração entre os países membros, afirmou o embaixador da China na Rússia, Li Hui, em entrevista à Sputnik China.
"Segundo o plano de encontros dos líderes, a próxima cúpula será realizada em Xiamen [cidade sudeste da China] em 2017. A parte chinesa considera a cúpula uma oportunidade de fazer o resumo da experiência bem-sucedida da organização na colaboração entre os países membros dos BRICS", declarou Li.
Ele adicionou que a cúpula permitirá a Pequim definir perspectivas de desenvolvimento e ampliar áreas da cooperação.
Em 15 e 16 de outubro, a oitava cúpula anual dos BRICS foi realizada em Goa, na Índia, com a presença de todos os cinco líderes. Eles negociaram durante o encontro o plano de cooperação para o futuro mais próximo, bem como uma vasta gama de assuntos políticos, econômicos e da segurança.
Entretanto, em entrevista à RIA Novosti, o embaixador da China na Rússia, Li Hui, também comentou as relações bilaterais entre a China e a Rússia que são os membros dos BRICS.
Segundo disse Li Hui, as relações entre a China e a Rússia são maduras e estáveis e não foram afetadas por quaisquer mudanças na arena internacional.
"As relações sino-russas não estão sendo afetadas por quaisquer mudanças na situação mundial. Elas são maduras e estáveis. Elas são um exemplo clássico de relações entre países modernos. Os dois países conseguiram estabelecer fortes relações de confiança estratégica mútua e manter uma estreita colaboração bilateral e internacional", apontou o embaixador chinês.
Li Hiu sublinhou que o mecanismo de encontros regulares entre os primeiros-ministros da China e da Rússia funciona com sucesso. O mesmo acontece com a cooperação entre os órgãos de poder legislativo e entre diferentes níveis dos governos dos dois países. Tudo isso contribui para o cumprimento dos acordos bilaterais.
"Está aumentando a frequência de trocas entre dois países nas áreas da cultura, turismo, ensino e mídia, bem como na área regional, o nível de amizade entre os povos da China e da Rússia está aumentando, contribuindo permanentemente para o fortalecimento da opinião pública", acrescentou.
"Assim, na arena mundial continuam se desenvolvendo a mentalidade da ‘guerra fria', os duplos critérios e a hegemonia de superpotência e, nesta situação, a manutenção da paz global sustentável e da estabilidade estão em perigo. Enfrentando tais problemas, a China e a Rússia devem seguir as ideias principais da Carta da ONU e as normas do direito internacional, estimulando e criando um novo modelo nas relações internacionais baseado na cooperação mutuamente vantajosa, defendendo ativamente a paz em todo o mundo e garantindo a estabilidade", concluiu.