Os especialistas acreditam que tais questões como o futuro da Parceria Transatlântica, as sanções ocidentais contra a Rússia e a possibilidade de reiniciar diálogo inter-sírio continuarão sendo debatidas.
A Sputnik destaca outros possíveis temas-chave da agenda política mundial em 2017.
Contendo a respiração: Trump passará a liderar os EUA
Com a vitória do bilionário republicano Donald Trump nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, o futuro da política internacional ainda está indefinido.
Vladimir Putin e Donald Trump se mostraram várias vezes prontos para procurar uma linguagem comum, e a recente nomeação de Rex Tillerson, chefe da maior empresa petrolífera dos EUA, a ExxonMobil, ao posto do secretário de Estado só prova a aproximação bilateral. Tillerson é famoso por seus laços empresariais com a Rússia e já se encontrou várias vezes com Putin.
Mas as esperanças das autoridades russas continuam sendo expressas com bastante cautela.
Em particular, o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Rybakov, afirmou recentemente que Moscou ainda pouco sabe de planos concretos da política externa da futura administração dos EUA, e que há diferença entre as declarações de campanha e da própria presidência. Além disso, a administração de Barack Obama deixa uma "herança pesada" no que se refere à Rússia e Moscou não tem ilusões a este respeito, sublinhou o político russo.
O final de 2016 está sendo marcado por dois acontecimentos importantes na frente síria – a tomada de Aleppo por tropas governamentais e a perda da cidade lendária de Palmira.
Especialistas militares preveem que atualmente os jihadistas, após o sucesso em Palmira, tentarão se aproximar de Damasco, Hama e Homs. Ao mesmo tempo, as tropas de Bashar Assad se esforçam por retomar o controle de Palmira, tendo em conta as jazidas petrolíferas localizadas nos arredores da cidade.
Especialistas referem também a possibilidade de uma nova vaga de refugiados e tensões políticas na UE porque os terroristas de Aleppo podem fugir para a província vizinha de Idlib e, de lá, chegar a Europa se fazendo passar por refugiados.
Entre eles podem surgir alianças inesperadas como, por exemplo, o diálogo constante turco-russo, que coexiste com os protestos de Moscou e Damasco relativamente à operação armada turca no norte da Síria, onde os turcos tentam limitar a influência de curdos.
Tensões entre Kiev e Donbass continuam desde 2015
Os Acordos de Minsk continuam por realizar: só dois pontos do documento podem ser considerados parcialmente implementados. São eles a troca de prisioneiros e a retirada do equipamento militar pesado da linha de contato. Mas a troca de "todos por todos" não ocorreu.
Seja como for, o trabalho dos subgrupos em Minsk provavelmente será continuado.