A visita do secretário de Defesa marca a primeira viagem ao exterior de um alto funcionário do governo do presidente Donald Trump, que sugeriu durante a campanha eleitoral que o papel dos EUA no Nordeste Asiático poderia mudar.
"A viagem vai ressaltar o compromisso dos Estados Unidos com nossas alianças duradouras com o Japão e a República da Coreia e fortalecer ainda mais a cooperação de segurança EUA-Japão-República da Coreia", disse o Pentágono em comunicado nesta quarta-feira.
A visita de Mattis ocorre em meio a preocupações crescentes em relação às ambições nucleares da Coreia do Norte e a uma disputa entre Tóquio e Seul sobre o uso de escravos sexuais durante a Segunda Guerra Mundial.
De acordo com o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, o chefe da pasta, Han Min-Koo, e sua nova contraparte norte-americana prometeram na terça-feira (31) avançar com um plano para implantar um sistema antimíssil dos EUA no país ainda este ano, apesar dos protestos da China.
Os dois aliados anunciaram no ano passado o plano de implantar o sistema de Defesa Terminal de Área de Alta Altitude (THAAD), após uma série de testes atômicos e de mísseis realizados pela Coreia do Norte.
Mattis começará sua viagem na Coreia do Sul, onde se reunirá com Han e outros altos funcionários.
Na sexta-feira (3), Mattis viaja a Tóquio para reuniões com o ministro da Defesa, Tomomi Inada, e outras autoridades, segundo disse o Pentágono.
Além das questões de defesa, os dois países asiáticos estão engajados em uma disputa diplomática sobre o uso de "mulheres de conforto" durante a guerra.
Historiadores dizem que até 200 mil mulheres — principalmente da então colônia japonesa da Coreia, mas também de outras partes da Ásia, incluindo a China — foram forçadas a trabalhar em bordéis militares japoneses durante a Segunda Guerra Mundial.