Neste contexto, o deputado do Bundestag pelo partido A Esquerda, Andrej Hunko, partilha suas considerações sobre qual poderá ter sido o tema da conversa entre Poroshenko e a chanceler alemã, Angela Merkel.
"No princípio eu tentava adivinhar de que tratou o encontro de Pyotr Poroshenko com a chanceler Angela Merkel, mas depois, lendo as notícias sobre agravamento da situação no leste da Ucrânia, prestei atenção à proximidade temporânea entre esses dois eventos", declarou o deputado em entrevista à Sputnik Alemanha.
Hunko sugere que se tratou principalmente da manutenção das sanções antirrussas e garantir o apoio a Kiev por parte das autoridades alemãs — pois agora ainda não é claro qual será o rumo da política dos EUA em relação ao conflito em Donbass.
"Isso leva a uma forte suspeita de que, provavelmente, existe um interesse na escalada da situação", aponta o político.
Se os EUA cancelarem as sanções antirrussas apesar da escalada em Donbass, seria desejável, segundo disse o político alemão, que a UE faça o mesmo.
Se essas vozes serão ouvidas, isso é uma boa questão. Segundo ele opina, o número dessas vozes, que são a favor da política atual e do apoio unilateral ao governo ucraniano, poderá aumentar no futuro.
"Isso significa que a UE tem sua própria política de confrontação em relação ao Oriente e que ela parece estar disposta a mantê-la", concluiu.
O vice-ministro da Defesa da Ucrânia Igor Pavlovsky reconheceu de fato anteriormente que o Exército ucraniano está realizando uma ofensiva em Donbass. "Neste momento, os nossos combatentes avançam, metro a metro, passo a passo", disse ele se referindo à situação em Avdeevka.
Porém, o vice-ministro não falou sobre o cumprimento dos acordos de Minsk, em particular, sobre a retirada das armas pesadas da linha de contato.