O presidente russo acrescentou que OTAN está sempre tentando atrair a Rússia para uma confrontação e que os integrantes da Aliança continuam suas interferências nos assuntos internos do país.
Putin ressaltou que nos últimos anos a situação em termos de segurança global "não tem melhorado, antes pelo contrário; muitas ameaças que já existiam estão se tornando mais sérias".
A OTAN, com a sua "recentemente anunciada missão oficial para dissuadir a Rússia", é uma destas ameaças para a paz, sublinhou Putin.
"É com esse objetivo que se procede à continuação do alargamento do bloco. Ele já era realizado antes, mas agora encontraram uma outra justificação que lhes parece mais séria", assinalou Putin.
Segundo Putin, a Rússia não tem culpa de que o diálogo com os EUA e os países da OTAN tenha sido interrompido e não se desenvolva, o estabelecimento do diálogo é de interesse mútuo, considera o presidente russo.
Putin destacou que no ano passado foram detidos "53 operacionais de inteligência estrangeira e 386 agentes de serviços estrangeiros".
Algumas horas antes, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, declarou que a Aliança "está reforçando suas componentes terrestre e naval da sua presença no mar Negro".
Os EUA e a OTAN estão acumulando forças perto das fronteiras russas. No mês de janeiro de 2017, 2.800 unidades de material bélico norte-americano e 4.000 efetivos chegaram à Europa como parte da operação Atlantic Resolve.