Calcula-se que este reforço das forças armadas vá exigir um investimento aproximado de 955 milhões de euros ao ano.
"A Bundeswehr [forças armadas alemães] está afrontando desafios como nunca antes – disse a ministra – tanto na luta contra o Estado Islâmico como na estabilização do Mali, ou em nossa presença considerável como membros da OTAN nos Estados Bálticos".
As forças armadas da Alemanha "também devem ser capazes de crescer ao ritmo de suas tarefas", acrescentou.
Maior compromisso com a OTAN
O gasto militar alemão é de cerca de 1,22% do PIB, mas na última Conferência de Segurança de Munique, a chanceler alemã Angela Merkel assegurou ao vice-presidente dos EUA, Mike Pence, que a Alemanha estava comprometida com a meta.
Desde a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha tem se mostrado relutante ao envolver seus militares em conflitos estrangeiros, mas as tropas alemãs participaram de operações no Mali e no Afeganistão, bem como nos esforços da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o Daesh (autodenominado Estado Islâmico).
Em janeiro passado, a Alemanha começou a deslocar um contingente de 1.200 soldados para a base militar de Rukla, na Lituânia, a apenas 100 quilômetros da fronteira com a Rússia.
Em fevereiro, dezenas de helicópteros norte-americanos Chinook, Apache e Black Hawk tomaram posições na cidade alemã de Bremerhaven, completando a maior acumulação de tropas da OTAN na Alemanha e na Europa Oriental desde os tempos da Guerra Fria.
O governo russo, por sua vez, condena sistematicamente a militarização da região, destacando as ameaças inerentes da questão no que diz respeito à segurança internacional.