O porta-voz interino do Departamento de Estado dos EUA Mark Toner declarou, num briefing em 8 de março, que a proposta da China "trata de coisas absolutamente diferentes".
O especialista do Instituto de Pesquisas Estratégicas da Rússia Ajdar Kurtov pensa que tal declaração significa que a situação se pode agravar no futuro.
"O novo presidente dos EUA parece ter decidido que agora é preciso experimentar medidas mais duras – demonstrar a força militar. Isto inclui tanto exercícios militares como o envio de navios de guerra adicionais para a região da Península Coreana", disse o especialista.
Se o conflito se agravar, os EUA podem realizar ataques pontuais contra os locais onde estão estacionados os sistemas de mísseis da Coreia do Norte e onde estão sendo desenvolvidas as armas nucleares.
Outro especialista, Konstantin Asmolov do Instituto do Extremo Oriente, também considera que a situação vai apenas se agravar:
"A questão principal é a instalação do THAAD. Isto agrava a situação mais do que os lançamentos de mísseis pela Coreia do Norte. Assim, a Coreia do Sul [onde o THAAD está colocado] já fica envolvida no conflito. Se surgir a ameaça de confrontação entre os EUA e a China […] a China vai atacar o território da Coreia do Sul", disse.
"O mecanismo de conversações entre seis partes foi completamente interrompido, agora resta apenas o sistema de consultas e a pressão da aliança dos EUA, Japão e da Coreia do Sul", disse.
Segundo o especialista, tudo isso força a Coreia do Norte a realizar mais ações provocatórias. O diálogo entre os EUA e a Coreia do Norte a breve prazo é muito pouco provável. A instalação do THAAD abala a estabilidade estratégica da Ásia do Nordeste, afundando até ao ponto mais baixo as relações entre a China e a Coreia do Sul.