Durante o ano passado, o desmatamento da Floresta Amazônica cresceu drasticamente, por volta de 30%. A maior parte da floresta brasileira foi cortada e queimada no intuito de abrir espaço para plantações da soja e criação pecuária.
"Isto não é uma tendência que pode continuar no futuro, pois a floresta brasileira é a maior do mundo e possui enorme significância para o clima em todo o mundo", disse Vidar Helgesen à emissora nacional norueguesa NRK, comentando a sua visita ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Vale ressaltar que a Noruega atrai a atenção para perspectivas tristes da Floresta Amazônica ao fundo do desenvolvimento ativo da agricultura brasileira. A incapacidade do Brasil de cumprir suas obrigações pode provocar grande dano às medidas de conservação que, basicamente, foram financiadas pela Noruega.
"Temos uma aproximação baseada em resultados. Isso significa que vamos financiar por resultados existentes. Se não houver resultados, não haverá dinheiro", esclareceu Vidar Helgesen à NRK.
Enquanto isso, o desmatamento na Amazônia aumentou tão fortemente que até o próprio Fundo Amazônia se alarmou.
De 2004 a 2014 o desmatamento no Brasil diminuiu 70%. Quando o Brasil fundou o Fundo Amazônia em 2008, a Noruega contribuiu com uma generosa doação de $1 bilhão (R$ 3 bilhões) na tentativa de mudar radicalmente a tendência de desmatamento, incentivando o setor privado a assumir a maior responsabilidade. Além disso, a Noruega também tomou a iniciativa de criar a Aliança para florestas tropicais no intuito de aumentar atenção para o problema em questão.
A Floresta Amazônica cobre a maior parte da bacia amazônica da América do Sul, abrangendo 7.000.000 de quilômetros quadrados. A maior parte da floresta pertence ao Brasil. Amazônia representa mais da metade das florestas tropicais da Terra, com 390 bilhões de árvores individuais divididas em 16 mil espécies.
A Noruega foi reconhecida como um dos líderes mundiais nos esforços globais contra o desmatamento, investindo mais de $2,5 bilhões (R$ 7,7 bilhões) para conservação das mesmas desde o ano de 2007.