"Os terroristas detonam bombas durante uma maratona nos EUA, atropelam pedestres nas praças, matam a tiro turistas que tomam banhos de sol na praia… Estes exemplos são elos de uma cadeia de ataques terroristas à primeira vista caóticos, que dificilmente podem ser classificados e, até mais dificilmente prevenidas antecipadamente", explicou.
Falando do ataque terrorista em Londres, o especialista frisou:
"Vemos que na mão do atacante havia uma faca com uma lâmina de 8 polegadas [cerca de 20 centímetros]. É um objeto ordinário que se pode comprar em um qualquer supermercado. E então, em uma das maiores [cidades], e, como se considera, na cidade mais segura da Europa, morrem 5 pessoas por causa de uma faca comum. É um novo tipo de ataques terroristas pontuais que, de fato, é impossível prever."
Na opinião do analista, a principal razão desta situação é que no Ocidente, de fato, já não há mídias que possam exercer influência sobre as ações dos políticos. "Não há meios de comunicação que, caso seja necessário, possam exercer pressão sobre as autoridades de um país, já que as TVs patrocinadas pelo Estado e as grandes mídias se comportam como as autoridades querem. Tomemos a BBC, por exemplo. Quando a guerra civil começou na Síria, muitos canais de TV e edições estavam literalmente venerando aqueles que, na opinião deles, 'promoviam a democracia' no Oriente Médio", especificou.
Ademais, o especialista adiantou que as mídias pretendem "apresentar as decisões tomadas pelos políticos da maneira que seja o mais agradável para a população".
"O Ocidente está enviando armas para a Síria, e em algum momento vemos que a Turquia também participa do processo. Cria-se uma situação na qual a Turquia demonstra os crimes do Ocidente como expressão da sua própria força bruta, e vemos que ela se torna cúmplice dos crimes cometidos pelos países ocidentais. O número de tais países como a Turquia é grande. A situação na qual a Turquia se encontra hoje em dia parece cada vez mais com a na Síria na década de 70 ou o Iraque da década de 80", analisou.
Deste modo, a "Turquia se torna um país que, pelos crimes cometidos, hoje ou amanhã pode ficar no banco dos réus, como foi no Ruanda".
"O Ocidente e os EUA usam com agilidade os líderes orientais como fantoches no palco do seu teatro", resumiu Aral.