A chancelaria russa tinha antes declarado que as acusações dos países ocidentais à Síria são gratuitas.
Segundo os dados do Telegraph, até 2013 al-Sakat chefiou o destacamento das armas químicas da quinta divisão do exército sírio. Em março de 2013 ele desertou, mas continuou mantendo contatos com personalidades oficiais sírias, escreve a edição britânica.
"Ele [o regime de Assad] reconheceu a existência de apenas de 1,3 mil toneladas, mas nós sabemos que na realidade eles têm quase duas vezes mais… eles tinham pelo menos 2 mil toneladas", declarou al-Sakat.
Por sua vez, o chanceler russo Sergei Lavrov se surpreendeu por o ex-general sírio Zaher al-Sakat durante muito tempo não divulgou essa informação sobre a suposta presença de armas químicas na Síria.
"Vi as declarações do general fugitivo sírio, segundo dizem ele fugiu em 2013, o ano em que foi realizado o acordo russo-americano, apoiado por Haia e Nova York, sobre o desarmamento químico da Síria, de acordo com sua adesão à Convenção sobre as Armas Químicas", disse Lavrov.
Em 2013, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que supervisionou o processo de destruição das armas químicas sírias com as forças russas como garante, recebeu por isso o prêmio Nobel da Paz. Os peritos da ONU encarregados de investigar o ataque de Ghouta em 2013, por sua vez, apenas confirmaram o uso de gás sarin, sem apresentar evidências irrefutáveis sobre os responsáveis pelo ataque.