Ex-general sírio acusa Assad de esconder centenas de toneladas de armas químicas

© REUTERS / SANAPresidente da Síria, Bashar Assad, faz um discurso durante uma entrevista com uma agência de notícias cubana
Presidente da Síria, Bashar Assad, faz um discurso durante uma entrevista com uma agência de notícias cubana - Sputnik Brasil
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Jornal britânico Telegraph escreve que Zaher al-Sakat, um general que desertou do exército sírio em 2013, afirma que as autoridades sírias esconderam da OPAQ (Organização para a Proibição de Armas Químicas) várias centenas de toneladas de armas químicas.

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Mas Zaher al-Sakat não apresentou nenhuma prova e vale destacar que ele não entra em território sírio já há três anos.

A chancelaria russa tinha antes declarado que as acusações dos países ocidentais à Síria são gratuitas.

Segundo os dados do Telegraph, até 2013 al-Sakat chefiou o destacamento das armas químicas da quinta divisão do exército sírio. Em março de 2013 ele desertou, mas continuou mantendo contatos com personalidades oficiais sírias, escreve a edição britânica.

"Ele [o regime de Assad] reconheceu a existência de apenas de 1,3 mil toneladas, mas nós sabemos que na realidade eles têm quase duas vezes mais… eles tinham pelo menos 2 mil toneladas", declarou al-Sakat.

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De acordo com ele, os estoques escondidos contêm sarin, percursores, bombas aéreas que podem transportar cargas químicas e ogivas químicas para mísseis Scud. Toneladas de munições químicas foram transportados para fortificações nas montanhas perto de Homs e para a cidade costeira de Jabla, perto de Tartus.

Por sua vez, o chanceler russo Sergei Lavrov se surpreendeu por o ex-general sírio Zaher al-Sakat durante muito tempo não divulgou essa informação sobre a suposta presença de armas químicas na Síria.

"Vi as declarações do general fugitivo sírio, segundo dizem ele fugiu em 2013, o ano em que foi realizado o acordo russo-americano, apoiado por Haia e Nova York, sobre o desarmamento químico da Síria, de acordo com sua adesão à Convenção sobre as Armas Químicas", disse Lavrov.

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Ao explicar o possível motivo para as declarações do ex-militar, Lavrov disse que "qualquer pessoa sensata compreende que o general recebeu ou ajuda financeira ou uma surra".

Em 2013, a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), que supervisionou o processo de destruição das armas químicas sírias com as forças russas como garante, recebeu por isso o prêmio Nobel da Paz. Os peritos da ONU encarregados de investigar o ataque de Ghouta em 2013, por sua vez, apenas confirmaram o uso de gás sarin, sem apresentar evidências irrefutáveis sobre os responsáveis pelo ataque.

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