China pede que EUA e Coreia do Norte 'apertem os freios' no discurso belicista

© Sputnik / Ilia Pitalev / Acessar o banco de imagensMilitares são vistos em cima de um blindado durante festejos do 105 aniversário de Kim Il-sung
Militares são vistos em cima de um blindado durante festejos do 105 aniversário de Kim Il-sung - Sputnik Brasil
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A China mantém contato ativo com os Estados Unidos em um esforço para aliviar as tensões na península coreana e evitar um conflito militar próximo a suas fronteiras. Na segunda-feira, Donald Trump e Xi Jinping conversaram sobre a situação.

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O vice-diretor do Instituto de Assuntos Asiáticos e Africanos da Universidade Estadual de Moscou, Andrei Karneev, falou com a Sputnik sobre o assunto.

"À medida que a situação na região se torna mais tensa a atividade diplomática de todos os atores aumenta, a direção desses esforços pode ser contraproducente", disse Karneev.

Ele elaborou que a atual administração dos EUA vê uma saída apenas aumentando a pressão sobre Pyongyang, mas há outros que acreditam que as ameaças e métodos de poder que estão sendo usados ​​são apenas outro caminho para uma catástrofe.

"No entanto, a antiga euforia que se manifestou nas garantias de Trump de que os EUA, se necessário, podem resolver sozinhos o problema dos mísseis nucleares coreanos, está gradualmente desaparecendo", disse o vice-diretor.

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Karneev disse que, após a reunião em Mar-a-Lago com o presidente Xi, ficou claro que Pyongyang não se deixa intimidar pela retórica militar nem pelo poder americano.

Além disso, o desfile militar realizado em Pyongyang no último dia 15 mostrou a seriedade das intenções da liderança norte-coreana e parece que atualmente não há maneira de estabilizar a situação porque, apesar do diálogo contínuo das diferentes partes envolvidas, até agora está sendo realizado sem a participação da República Popular Democrática da Coreia (RPDC).

A Xinhua News Agency informou que durante a recente conversa do presidente da China com seu homólogo americano, "Xi Jinping exortou todas as partes a exercer restrição para evitar a escalada da situação", disse o especialista.

"Xi Jinping também confirmou que a China se opõe a ações que vão contra a linha do Conselho de Segurança da ONU", disse Karneev.

Um especialista da Academia de Ciências Sociais de Liaoning, Lu Chao, em entrevista à Sputnik, disse que "a China está firmemente a favor de manter uma situação estável e pacífica na Península Coreana, pedindo para 'apertar os freios' a ambos os lados".

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O especialista disse ainda que, apesar do fato de que os EUA ainda não responderem a esse apelo, é óbvio que assim que a situação começar a mudar, os EUA imediatamente se envolverão nos assuntos do país.

"Recentemente, tem havido especulações de que a RPDC realizará testes nucleares no dia da criação do Exército Popular da Coreia em 25 de abril. Se isso acontecer, será um desastre. Mesmo a China, que é um vizinho amigável e favorável à mitigação da situação, certamente apoiará a posição da maioria no Conselho de Segurança da ONU sobre o aperto das sanções em relação à RPDC se outro teste nuclear for conduzido. Sem dúvida, desta vez isso levará a consequências catastróficas para a Coreia do Norte", disse Chao.

O especialista disse ainda que existem opiniões de que a RPDC quer forçar a China a abandonar a pressão econômica e abrandar atitude negativa de Pequim em relação aos testes nucleares.

"Mas aqui a Coreia do Norte calculou mal: a China se opõe ao desenvolvimento de armas nucleares, pelo menos por causa da responsabilidade e envolvimento no controle internacional de armas nucleares, bem como para manter a estabilidade no Nordeste da Ásia e, em última instância, para a segurança e conveniência da própria Coreia do Norte ", concluiu Chao.

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