Entre outros compromissos seus, o novo presidente sul-coreano mencionou que ele iria resolver o assunto do THAAD através de diálogos com ambos, Washington e Pequim. A China afirmou recentemente estar contra a instalação e apelou aos EUA e à Coreia do Sul para a suspenderem.
Konstantin Asmolov, especialista do Instituto para Estudos do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, opinou que Moon poderia abrandar a instalação do sistema antimísseis THAAD.
"Ele nunca disse que o THAAD deveria ser desmantelado. É provável que o novo presidente desacelere a futura instalação, mas os sistemas já instalados não serão desmontados", disse Asmolov à Sputnik.
Asmolov frisou que o sistema antimísseis dos EUA na Coreia do Sul é destinado não contra a Coreia do Norte, mas contra a Rússia e a China.
"Há uma coisa importante. O THAAD tem um radar que pode detectar lançamentos de mísseis chineses. Este radar está equipado com vários modos de operação, assim, ele pode ser apontado conta a Coreia do Norte ou contra a China", explicou o especialista.
Segundo Asmolov, o problema é que o radar é controlado pelos americanos, enquanto Seul não sabe contra que país está apontado o radar no momento.
"Atualmente, o THAAD cobre apenas as instalações militares dos EUA na Coreia do Sul. Na verdade, se espera que sejam instaladas várias baterias antimísseis. Uma delas vai proteger Seul, mas a prioridade de Washington é proteger suas próprias instalações.
Recentemente, o coronel Rob Manning, das Forças dos EUA na Coreia, disse que o THAAD na Coreia do Sul está ativo e pronto para defender Seul se Pyongyang lançar um ataque.
De acordo com a mídia, a bateria do THAAD incluirá um radar TPY-2 TM e de quatro a nove lançadores móveis de lagartas, cada um contendo oito mísseis de interceptação com um alcance operacional de até 200 quilômetros.