No entanto, dado o desenvolvimento de tecnologias de mísseis na Coreia do Norte, o Japão está considerando a possibilidade de instalar a variante terrestre do sistema Aegis e os novos complexos antimísseis norte-americanos THAAD com um maior alcance operacional do que os Patriot-3.
Segundo a emissora, O Partido Liberal Democrata, no poder no Japão, inclina-se mais ao sistema Aegis, sendo esta a variante mais barata, enquanto o Ministério da Defesa do país está prestes a comprar sistemas THAAD norte-americanos, que podem atingir vários alvos a altitudes diferentes.
Como mostram vários dados, o custo da aquisição do THAAD poderá atingir 750 bilhões de ienes japoneses (R$ 22.4 bilhões), enquanto a variante terrestre do Aegis custará 160 bilhões de ienes (R$ 4.7 bilhões). O sistema THAAD já está parcialmente instalado na Coreia do Sul, que se tornou o primeiro país aonde os EUA deslocaram seus mísseis.
Ao mesmo tempo, por todo o território do país continuam simulações para defesa da população caso Pyongyang realize um ataque de míssil. Assim, de acordo com a agência Kyodo, na cidade de Tsubame, província de Niigata, foram realizados na segunda-feira (12) treinamentos de evacuação, dos quais participaram cerca de 100 pessoas.
A Coreia do Norte, apesar das sanções da ONU, continua os testes de mísseis, justificando-os pela alegada ameaça da parte norte-americana. Os mísseis balísticos norte-coreanos caem com frequência na zona econômica exclusiva do Japão, a umas centenas de quilômetros da costa.
No entanto, como nota a agência sul-coreana Yonhap, o governo do Japão está sendo criticado por "exagerar" a ameaça da Coreia do Norte. Por isso, os treinamentos de fato visam "aumentar artificialmente o medo" para assegurar o apoio dos membros extrema-direita no governo japonês, opina a agência.