O Senado dos EUA votou na semana passada a favor de novas sanções contra a Rússia, em função da alegada interferência de Moscou nas eleições presidenciais dos EUA em 2016.
Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, e o chanceler austríaco, Christian Kern, acusaram os Estados Unidos de tentarem expelir o gás natural russo do mercado europeu para promover o gás liquefeito dos EUA, enquanto prejudicam as empresas europeias. Eles destacaram que os problemas relativos ao fornecimento de energia à Europa são assunto interno da União Européia e que os Estados Unidos não deveriam interferir nessa questão.
Black afirmou que uma situação na qual uma nação pode "declarar sanções e criar caos com contratos em todo o mundo" não pode ser saudável para o comércio internacional.
"Eu acho que o projeto de lei do Senado foi muito infeliz", afirmou Black. "É basicamente uma maneira de atacar a Rússia. Afirmam que [o presidente russo Vladimir] Putin interferiu com as eleições. Não vejo nenhuma evidência disso e não acho que alguém tenha apresentado nenhuma evidência, mas eles continuam repetindo isso", disse o senador.
"Eu acho que os Estados Unidos deveriam estar trabalhando em conjunto com a Rússia, assim como o presidente Trump planejava fazer quando foi eleito pela primeira vez", concluiu Black.
O atual pacote de sanções, apresentado como uma emenda a uma lei de sanções no Irã, pretende atingir setores-chave da economia russa, incluindo mineração, metais, transporte marítimo e ferrovias, bem como novos investimentos em gasodutos de energia.