Chefe da OTAN: Aliança está pronta para se proteger da 'ameaça russa'

© AFP 2023 / MICHAL CIZEKTropas da OTAN na Europa Oriental
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A Aliança Atlântica continuará vigiando a situação nas suas fronteiras orientais e está disposta a tomar medidas, caso seja necessário, declarou o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg.

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"A OTAN já tem reagido ao aumento da presença militar russa nessa região, pois deslocamos quatro grupos de combate, intensificamos os treinamentos militares, além disso, para reforçar grupos da Aliança, foi aumentada a presença dos EUA [na região] em conformidade com o fundamento bilateral", declarou Stoltenberg durante coletiva de imprensa na Lituânia, transmitida também no site oficial da Aliança Atlântica.

Declarações sobre a alegada existência de "ameaça russa" para os Países Bálticos e Polônia foram retiradamente pronunciadas, mesmo Moscou indicando que não visa atacar nenhum país da OTAN. Segundo opina o chanceler russo, Sergei Lavrov, todos perfeitamente sabem que Moscou não planeja realizar ataque algum, mas usam pretextos diferentes para deslocar suas tropas e material militar blindado para perto das fronteiras russas.

Ao mesmo tempo, ao falar sobre acusações feitas em relação à Rússia, o presidente do país, Vladimir Putin, sublinhou que a presença da aviação militar da OTAN no mar de Báltico supera significativamente a da Rússia, destacando também que EUA gastam mais em defesa do que qualquer outro país.

Durante a cúpula da OTAN, realizada em Varsóvia em 2016, a pedido da Letônia, Lituânia, Estônia e Polônia, a Aliança decidiu deslocar batalhões internacionais para seus territórios a fim de protegê-los da Rússia.

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O aumento da presença militar da OTAN em vários países europeus, próximos às fronteiras russas, é resultado do medo de uma hipotética "ameaça russa". Por sua vez, Moscou acredita que os intuitos da OTAN de justificar a preparação militar perto das fronteiras russas "são uma virada perigosa na corrida armamentista" e solicita que a Aliança abandone seus planos de construir relações com a Rússia "no estilo dos esquemas e mecanismos da época de confronto".

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