Cientistas dizem que humanidade tem três anos para salvar a Terra da destruição

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O mundo tem apenas três anos para reduzir significativamente as suas emissões de gases do efeito estufa ou a mudança climática na Terra afetará perigosamente a humanidade. É o que afirma um grupo de seis cientistas renomados e diplomatas em carta publicada pela renomada revista científica Nature.

No comunicado, eles apontam que a taxa do nível do mar subiu 50% nos últimos 25 anos, ao passo que os últimos três anos foram os mais quentes desde que se iniciaram os registros das temperaturas pelo mundo, o que significa que governos, empresas e cidadãos precisam pensar a respeito das mudanças climáticas.

“Se as emissões continuarem a subir até 2020, ou mesmo se mantenham nos mesmos níveis, os objetivos de temperatura estabelecidos no Acordo de Paris será inatingível”, explicam os cientistas, citando um relatório publicado em abril de 2016. “Reduzir as emissões a nível mundial é uma tarefa monumental, mas a pesquisa nos diz é necessário, desejável e alcançável”, acrescentam.

Uma das consequências mais claras do aquecimento gloval se nota na Groenlândia e na Antártica, que vêm perdendo as suas camadas de gelo em níveis muito rápidos, ao passo que o gelo também está desaparecendo no Ártico e os recifes de corais “estão morrendo em razão do calor”.

“Ecossistemas inteiros começam a ser destruídos. Os impactos sociais das alterações climáticas, secas e elevação dos mares são inexoráveis, e afetam primeiro os mais pobres e mais fracos”, lamentam os cientistas. A elevação das temperaturas, ameaça alterar ecossistemas de uma maneira não vista há pelo menos 10.000 anos.

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Foi tal perspectiva que fez o Acordo de Paris definir que o limites de emissões de carbono, a fim de evitar que o limite anual de aumento fixado em 1,5ºC não seja superado. E para permitir que as emissões não voltem a subir, enquanto a economia mundial tenha tempo para se adaptar, os cientistas sugerem algumas medidas:

— Aumentar a energia renovável para 30% do consumo de eletricidade;

— Projetos e planos para cidades e estados abandonarem os combustíveis fósseis até 2050, com um financiamento de US$ 300 bilhões anuais;

— Certificar-se que 15% de todos os novos veículos vendidos no mundo serão elétricos;

— Reduzir as emissões líquidas provenientes do desmatamento; 

— Reduzir pela metade as emissões de carbono da indústria pesada até 2050;

— Incentivar os governos e bancos privados para emitir mais “títulos verdes” para financiar os esforços de mitigação climática.

A carta foi assinada por 60 cientistas, políticos, empresários e ativistas, incluindo o ex-presidente do México, Felipe Calderón, ex-presidente irlandesa Mary Robinson e CEO da Unilever, Paul Polman.

“Haverá sempre aqueles que esconder suas cabeças na areia e ignorar os riscos globais das mudanças climáticas. Mas há muitos mais de nós comprometidos a superar essa inércia. Vamos ficar otimista e agir com ousadia”, concluem os autores.

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