Antes de seu primeiro encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, a margem da cúpula G20 em Hamburgo, Donald Trump fez uma escala em Varsóvia, onde criticou duramente Moscou.
Jaromir Kohlicek, político tcheco e membro do Parlamento Europeu, falou para a Sputnik República Tcheca sobre a primeira "viagem europeia" do líder dos EUA, oferecendo uma comparação surpreendente e interessante.
"Sabem, na política ele parece para mim uma espécie de ‘vinho novo’: é leve e maravilhoso, quando o prova. Mas dá dor de cabeça quando bebe muito", disse o político à Sputnik República Tcheca.
Jaromir Kohlicek disse que na Polônia, um dos aliados mais leais dos EUA, o líder norte-americano apontou para russofobia dos poloneses. No entanto, ele simplesmente não poderia ter usado a mesma estratégia durante as negociações com o presidente russo, Vladimir Putin. É lógico, que Trump estava completamente diferente em Hamburgo, onde trocou sua política por uma mais pragmática.
Segundo o político tcheco, ainda há de esperar quando esta "parte realista" de Donald Trump prevalecerá ao longo de sua formação política.
Ele também opinou que, na véspera das eleições alemãs, quaisquer irregularidades poderão ser justificadas pela "mão de Moscou", apesar de os alemães não recorrerem ativamente aos argumentos da russofobia nas disputas políticas.
Porém, na República Tcheca, o assunto dos chamados "hackers russos" já está ganhando força antes das eleições parlamentares e presidenciais, disse.
"Nada mudará o Parlamento Europeu. Lá há certos grupos que se uniram, baseando-se no princípio de antagonismo à Rússia. Eles são na maioria deputados da Polônia e dos Países Bálticos. Eles insistem em aumentar o nível de sentimentos russofóbicos, querendo propagá-los pela União Europeia, que eles consideram uma federação, algo semelhante aos Estados Unidos da Europa", destacou.
Falando da Ucrânia, isso pode ser explicado também pela catástrofe econômica, enfrentada pelo país, concluiu o político.