De acordo com o colunista Kyle Mizokami, é difícil abater os ICBMs. O melhor momento para o fazer é na assim chamada fase de médio curso, após os mísseis lançarem as suas ogivas nucleares para o espaço. As ogivas voam no espaço durante vários minutos acelerando em direção ao alvo, antes de voltarem para a atmosfera e entrarem na assim-chamada fase terminal.
Os EUA já dispõem do seu sistema de interceptação de ogivas Ground-Based Midcourse Defense System (GMD). O GMD não é só um míssil interceptor, mas um sistema de sensores e armas destinadas a detectar e neutralizar as ogivas inimigas.
A primeira linha do GMD é a rede de radares X-Band, que incluem os AN/TPY-2 e o radar marítimo X-Band. Estes dispositivos vão detectar, identificar e fornecer a informação para a 100ª Brigada de Mísseis estacionada em Colorado Springs.
De acordo com o The National Interest, cada GBI tem 50% de hipóteses de abater a ogiva que se aproxima. O plano do Pentágono é alocar mais 5 GBIs de maneira a aumentar a chance para 100%. Considerando o número dos GBIs disponíveis, os EUA possuem quantidade bastante para interceptar 7 mísseis do inimigo, mas o número de GBIs pode ser aumentado.
As bases militares dos EUA na região da Ásia vão se tornar alvos de ataque, acrescenta Kyle Mizokami. Muitas destas bases ficam na Coreia do Sul ou no Japão. Nesta área, os EUA vão utilizar a sua frota naval, que inclui 16 cruzadores e destróiers com mísseis balísticos para abater os mísseis do inimigo no caso de agressão.
Além disso, os EUA têm os sistemas THAAD na região. O THAAD, com o alcance operacional de até 200 quilômetros, opera junto com o radar AN/TPY-2. Os EUA possuem seis veículos com sistemas THAAD, com 8 mísseis em cada bateria.
Além do THAAD, os EUA têm à disposição mísseis Patriot PAC-3. Em um cenário de guerra, uma bateria Patriot vai lançar mísseis em direção da ogiva do inimigo. Tais mísseis serão equipados com radares Ka-band, que vão introduzir ajustamentos necessários durante o voo.
O colunista chega à conclusão de que os EUA criaram um sistema eficaz contra os ataques complexos da Coreia do Norte, mas o sistema vai ser praticamente inútil em caso de ataques por parte da Rússia ou da China.