A companhia foi representada por Sergei Krivolapov, o vice-presidente da Rosatom na América Latina, e por Ruan Nunes, o gerente de marketing, que fez uma apresentação completa sobre os últimos avanços da empresa.
"A Rosatom está preparada para oferecer soluções comprovadas e tecnologias modernas e flexíveis que atendam às necessidades de cada cliente. Nesse sentido, o Brasil se tornou em um parceiro de grande importância para nós, já que o país está se desenvolvendo de maneira bem-sucedida no campo da energia nuclear. Esta parceria não só proporciona benefícios socioeconômicos positivos para o país, mas também permite que as empresas brasileiras ganhem experiência de cooperação com a indústria nuclear russa. Um bom exemplo dessa cooperação são os centros de irradiação brasileiros: a Rosatom não só cria um projeto e equipa o centro de irradiação, mas também treina os funcionários e fornece todos os serviços necessários", afirmou Sergei Krivolapov.
Uma das principais conquistas da Rosatom é o lançamento, em 2016, da primeira unidade nuclear inovadora do mundo da geração de reatores 3+, a unidade 6 da usina de Novovoronezh, equipada com o VVER-1200, uma tecnologia totalmente compatível com os mais altos padrões de segurança (conhecidos como pós-Fukushima). Durante a apresentação também foi dada uma ênfase especial aos aspectos e regulamentos de segurança que a Rosatom implementa em suas unidades em todo o mundo.
No entanto, os serviços da Corporação não se limitam apenas à esfera da energia nuclear. A Rosatom está disposta a explorar novas esferas e formas de cooperação com o Brasil.
"A Rosatom oferece soluções de financiamento flexíveis, dependendo das necessidades do cliente, e proporciona um alto nível de localização de produção. Estamos ansiosos por cooperar com nossos parceiros no Brasil", enfatizou Krivolapov.
O Brasil "têm muitos dos mesmos problemas logísticos que a Rússia. Temos distâncias muito grandes e áreas pouco povoadas, o que significa que existem dificuldades para fornecer energia e assegurar o desenvolvimento de algumas regiões. Portanto, a ideia de ter um sistema capaz de transportar energia de maneira eficiente a áreas remotas do país chamou a nossa atenção", afirmou Marcel Biato ao comentar a utilidade das usinas nucleares flutuantes para o Brasil. Além disso, o diplomata agradeceu a oportunidade de conhecer mais sobre as tecnologias russas nesta área, uma vez que a Rússia é um dos líderes mundiais em energia nuclear.
A usina nuclear flutuante é um projeto realizado pela corporação Rosatom. O casco e outras partes dos navios serão construídos pelo estaleiro Baltiysky Zavod, em São Petersburgo.
As usinas nucleares flutuantes serão utilizadas em áreas remotas da Rússia, como o Extremo Norte e o Extremo Oriente do país, que não estão cobertas pelo sistema elétrico e carecem de fontes de energia confiáveis e economicamente eficientes.
Uma usina nuclear flutuante pode ser utilizada também como uma planta de dessalinização, capaz de produzir até 100.000 metros cúbicos de água doce todos os dias.
A Rosatom é a Corporação Estatal de Energia Nuclear da Rússia que abrange atualmente mais de 340 empresas com uma força de trabalho de 250.000 especialistas altamente qualificados. Conta com 35 unidades na Rússia, das quais 8 estão em fase de construção, outras 34 unidades se encontram em construção em outros países no exterior. A corporação possui a única frota de quebra-gelos nucleares e a única usina flutuante de energia nuclear do mundo e os dois únicos reatores reprodutores rápidos existentes no nosso planeta.