O especialista militar e editor-chefe do jornal Arsenal Otechestva, Viktor Murakhovsky, acredita que os EUA estão preocupados principalmente por temer a concorrência.
"Não é um segredo que a Rússia ocupa o segundo lugar depois dos EUA quanto ao volume de exportações de equipamento militar, tanto em termos de dinheiro como de quantidade. Além disso, se formou praticamente uma fila de países que querem comprar o sistema de mísseis S-400. Após utilizar tais sistemas de defesa antiaérea e conhecer suas caraterísticas, torna-se claro que eles superam seus análogos norte-americanos, como o Patriot, e da Europa Ocidental no que diz respeito às suas capacidades", afirmou o especialista.
Viktor Murakhovsky frisou que "por sua relação custo-benefício o S-400 não tem concorrentes, por isso os norte-americanos não se acanham em criar obstáculos, inclusive a um nível tão alto. Como, por exemplo, promovendo seus sistemas de mísseis durante as visitas ao estrangeiro do presidente Donald Trump.
Viktor Murakhovsky também comentou o possível risco de revelar segredos de produção.
"Todos os equipamentos militares destinados à exportação são vendidos na assim chamada versão de exportação. São diferentes daqueles que recebem as Forças Armadas da Rússia. […] Do Ministério da defesa da Rússia faz parte o Serviço de Cooperação Técnico-Militar, que é responsável pelo controle das remessas ao exterior para não haver prejuízo para a segurança militar da Rússia", explicou.
O editor-chefe tem certeza que as tecnologias de produção dos S-400 não serão vendidas à Turquia. "Para organizar a produção [dos S-400] no seu território [da Turquia], serão precisos dezenas de anos e centenas de bilhões de dólares", concluiu.
O sistema de mísseis S-400 Triumf foi projetado para destruir com alta precisão aeronaves de aviação estratégica e tática, mísseis balísticos, alvos hipersônicos e outros meios de ataque aéreo em condições de guerra eletrônica e outras contramedidas. Por enquanto, a Rússia tem um acordo firmado para venda de S-400 apenas com a China. Além da Turquia, na compra desses sistemas também está interessada a Índia.