Em 2013, na Coreia do Norte foi introduzido um novo sistema de educação escolar. As crianças vão à escola na idade de 7 anos, sendo que eles ficam 5 anos na escola primária, outros 3 anos na escola intermédia e mais 3 anos na escola secundária. Depois, após obter o certificado do ensino escolar, os finalistas podem se inscrever em um colégio, universidade ou escola profissional.
O Estado se encarrega de cuidar das crianças desde tenra infância, quando os pais levam seus filhos à creche. Ainda no jardim de infância, nas crianças é cultivado o respeito pelo líder. Por exemplo, eles constroem maquetas de cubinhos da casa de Mangyongdae, onde nasceu o fundador do país, Kim Il-sung, enquanto os professores contam sobre suas façanhas.
Um elemento ideológico figura até nas disciplinas completamente técnicas. Por exemplo, o especialista em assuntos norte-coreanos, Andrei Lankov, cita um exercício de matemática: "Quantos espiões americanos foram capturados por todos os pioneiros?", enquanto o jornalista britânico Michael Breen revela tarefas para aprender a conjugar os verbos: "Nós lutamos [no passado] contra os ianques, nós lutamos contra os ianques, nós lutaremos contra os ianques".
As disciplinas sociais e políticas, em geral, ocupam cerca de um terço de todo o programa. Os alunos aprendem a história da atividade revolucionária do "Nosso líder supremo Kim Il-sung", "Nosso grande líder Kim Jong-il", "Nosso querido líder Kim Jong-un" e "Nossa mãe Kim Jong-suk".
A figura de Kim Il-sung, cuja biografia foi reescrita por várias vezes, tem um status especial na mente dos norte-coreanos, por isso a atitude para com ele se parece com uma adoração quase religiosa.
As outras disciplinas incluem história e geografia de Joseon (o nome oficial da Coreia até 1897), literatura coreana, psicologia e lógica, língua coreana e inglesa, bem como matemática, ciências naturais e educação física.
A ameaça de guerra permanente fez com que o sistema de ensino na Coreia do Norte se tornasse muito militarizada. Os alunos aprendem a desfilar, participam de cursos de defesa civil e estágios em unidades militares durante as férias de verão. Além disso, a frequência da cadeira militar é obrigatória quando se estuda em uma instituição de ensino superior.
A Coreia do Norte é um país de educação coletiva e responsabilidade coletiva. Os alunos fazem tudo juntos: por exemplo, desfilam cantando enquanto caminham para a escola. Já após o dia de aulas, eles não correm logo para casa, mas também desfilam para sair.
Os esportes são uma parte integrante da educação em grupo: as crianças jogam futebol, beisebol e outras modalidades. Tal atitude é própria para ambas as Coreias, porém, segundo frisa o especialista Konstantin Asmolov, no país de Juche se dá preferência a eventos esportivos militarizados, já que, na opinião dos norte-coreanos, a competição do esporte profissional e a vontade de ganhar a qualquer preço contrariam a moral socialista.