Do desfile principal em São Petersburgo tomaram parte pela primeira vez navios de guerra chineses – o destróier Hefei, a fragata Yuncheng e o navio de abastecimento Lomahu. O jornal New York Times considera o evento como uma intenção "de sublinhar a parceria estratégica entre a China e a Rússia".
As tripulações chinesas e russas realizaram recentemente os exercícios conjuntos Cooperação Marítima 2017 no Báltico.
O alargamento da cooperação naval entre a China e a Rússia levou um observador do The National Interest a perguntar se é possível que os países assumam formalmente uma aliança. Mas os especialistas acham que tal é pouco provável.
O fato de a Rússia e a China não formarem um bloco militar foi ressaltado na quinta-feira (27) pelo líder russo, Vladimir Putin. Segundo o presidente, este é simplesmente um ótimo exemplo de cooperação em qualquer região para outros países do mundo.
"A Rússia e a China se aproximam para contestar o domínio global de Washington", ressalta o autor de National Interest. Uma parte da responsabilidade por isso cabe à política externa que Washington tem realizado durante os últimos 25 anos.
Também houve declarações sobre "a ameaça" que os exercícios representariam. Assim, o The Telegraph britânico considera os exercícios no Báltico como “uma advertência” para o Reino Unido e seus aliados na OTAN.
No total, das manobras militares participaram cerca de dez navios de classes diferentes, mais de dez aviões e helicópteros dos dois países.
O objetivo principal dos treinamentos foi aumentar a eficiência da cooperação entre as Marinhas da Rússia e da China e treinar ações conjuntas contra ameaças à segurança dos dois países. De acordo com as partes, as manobras conjuntas não representaram ameaça a ninguém, demonstrando a alta potencialidade da cooperação entre os dois países na área de defesa.