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8 meses após a tragédia, Chapecoense terá segunda de glória jogando contra o Barcelona

© REUTERS / Paulo Whitaker Torcida do Chapecoense no estádio Arena Condá na cidade brasileira de Chapecó
Torcida do Chapecoense no estádio Arena Condá na cidade brasileira de Chapecó - Sputnik Brasil
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Meses depois de perder praticamente todo o elenco em um acidente aéreo em Medellín, na Colômbia, Associação Chapecoense de Futebol (ou Chape, como é carinhosamente apelidada por torcedores) vive nesta segunda, um dos maiores momentos do seus 44 anos de história. Vai jogar contra o todo poderoso Barcelona pelo Troféu Joan Gamper.

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É a estreia do time do Santa Catarina em gramados europeus. A competição, realizada desde 1966 na Espanha, marca o início da temporada do clube catalão e já teve clubes brasileiros como o Santos, Flamengo, Vasco e Internacional (único time não europeu a vencer a competição, em 1982) convidados em outras ocasiões. 

O jogo, marcado para 15h30 (horário de Brasília) deve receber entre 50 e 65 mil torcedores, que testemunharão não só o elenco estrelado do Barcelona em campo, mas o retorno aos gramados do lateral Alan Ruschel, um dos seis sobreviventes da tragédia que matou 71 pessoas em novembro do ano passado. Também sobrevivente da queda do avião, o jornalista Rafael Henzel conversou com exclusividade com a Sputnik Brasil e demonstrou confiança na força do jogador. 

"Minha opinião é que ele deve entrar por alguns minutos no segundo tempo. O Ruschel ainda não tem ritmo de jogo, se recuperou das lesões, foi vítima de cirurgia na coluna que quase o deixou paraplégico. Mas se nós formos analisar do ponto de vista de uma homenagem à vida, ele precisa entrar". palpitou o comentarista da Rádio Oeste Capital FM, da cidade de Chapecó.

Uma publicação compartilhada por Alan Ruschel (@alanruschel) em Jul 31, 2017 às 5:00 PDT

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Henzel, aliás, embarcou para a Europa na semana passada. Setorista da Chape, o comentarista vai cobrir a partida direto do lendário Camp Nou. Ele se mostrou emocionado com o convite do time, que considerou "uma homenagem não só ao clube, mas ao povo brasileiro que sofreu assim como nós sofremos durante todo aquele período". O jornalista também destacou o carinho com o qual o time é recebido sempre que chega para uma partida.

"O mundo adotou a Chapecoense. Quando chegamos em um estádio, por mais que sejamos o time adversário, o carinho do torcedor é impressionante. Sabemos que dentro do campo é uma disputa (…), mas a instituição Chapecoense é muito querida, por conta de uma tragédia, uma dor que todos nós sentimos".

No que todos em Chapecó chamam de "o jogo de nossas vidas", os jogadores vão tentar não fazer feio e conseguir uma quase impossível vitória contra os catalães. Mas a maior honra já foi cumprida. "É uma celebração do nome do time, é um templo do futebol que receberá um time do tamanho da Chape", avalia Henzel. Uma vez mais, força Chape!

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