As ASAT "poderiam ser colocadas em órbita em tempo de paz e serem manipuladas para acompanhar os satélites norte-americanos durante uma crise". O cientista destacou que as armas chinesas "poderiam atacar de forma simultânea múltiplos satélites cruciais a uma distância tão próxima que os EUA não teriam tempo para evitar o dano".
Brian Chow ressaltou que as armas coorbitais desenvolvidas pela China são com frequência "impossíveis de distinguir de satélites comuns". No entanto, estes são capazes de eliminar satélites "que estão próximos através de várias armas", nomeadamente, armas de energia cinética, cargas explosivas, dispositivos de fragmentação e armas robóticas.
Pequim levou a cabo várias operações para testar o uso destes "caçadores espaciais". Particularmente, em setembro de 2008, um satélite de imagens do gigante asiático passou a uma distância de 45 quilômetros da Estação Espacial Internacional (EEI) sem aviso prévio.
Outro exemplo ocorreu em julho de 2013, quando Pequim lançou um foguete que portava os satélites CX-3, SY-7 e SJ-15, um dos quais estava equipado com um braço robótico. Quando estavam em órbita, este satélite se agarrou aos outros com esse braço.
"Cegar e ensurdecer"
Brian Chow, por sua parte, ressaltou que o potencial militar chinês continua desenvolvendo uma combinação de elementos que "está desenhada de forma coerente e assimétrica para lidar com uma capacidade espacial norte-americana que é muito mais avançada do ponto de vista tecnológico".
Resumindo, o especialista afirma que os EUA, assim como outros países, devem advertir todas as partes que "o posicionamento de 'caçadores espaciais' para um ataque de surpresa seria tratado como um ato de agressão, enquanto o autor deste seria marcado como agressor".