Segundo ele, a reunificação será vantajosa para a Coreia do Sul porque o seu vizinho do norte é rico em recursos naturais e força de trabalho.
Entretanto este cenário pode ter consequências negativas devido ao fosso ideológico, social e cultural muito considerável entre dois povos.
"A reunificação da Alemanha em 1980 custou cerca de dois trilhões de dólares [$R 6,4 trilhões]. Já a Coreia do Sul terá de pagar três trilhões de dólares iniciais, necessários para a reunificação do Norte pobre com o Sul rico", explicou o especialista.
Petrov acrescentou que, quanto mais tarde se realizar a reunificação, menos onerosa será. Apesar das sanções, a Coreia do Norte está se recuperando da pressão econômica dos anos de 1990.
O especialista mencionou também o número de projetos turísticos e comerciais conjuntos nos quais os dois países estiveram envolvidos há uma década, no âmbito da denominada "Sunshine Policy".
"Infelizmente, o projeto 'Sunshine Policy' foi descontinuado em 2008 e as relações bilaterais entre dois países estão praticamente congeladas", acrescentou.
As zonas de cooperação foram encerradas e as famílias, divididas desde a Guerra da Coreia, não conseguiram se reunir.
"Setenta anos de isolamento total criou duas nações diferentes, e o custo de reeducar o povo norte-coreano e preparar os sul-coreanos para a reunificação tão aguardada pode ser muito alto e doloroso", disse Leonid Petrov.
Quanto ao agravamento das relações entre Pyongyang e Washington e o seu impacto sobre as relações entre as duas Coreias, o especialista disse que a Coreia do Norte está tentando contar com os seus próprios sistemas nucleares de mísseis.
O especialista disse que os EUA estão supostamente conduzindo negociações com Pyongyang e isso incute esperança de que a guerra não seja inevitável.
A mídia começou a informar sobre uma possível guerra depois do agravamento das relações entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte nos últimos tempos. O presidente norte-americano, Donald Trump, ameaçou na terça-feira (8) a Coreia do Norte com "fogo e fúria". Pyongyang disse, por sua vez, que o país está disposto a desenvolver um plano de ataque de mísseis contra as bases militares norte-americanas na ilha de Guam.