Esta estimativa se distingue da feita pela agência Reuters, que escreveu recentemente que introduzindo as sanções os EUA se vão privar das importações de petróleo da Venezuela que vai inundar o mercado asiático.
Mikhail Belyat disse à Sputnik China que a pressão e as sanções dos EUA visam instalar o controle sob o petróleo venezuelano.
"O objetivo principal dos EUA na Venezuela é mudar o regime e torná-lo amigável para os EUA para poderem controlar o petróleo do país", disse Belyat. A economia dos EUA não depende do petróleo venezuelano, mas este petróleo é um fator influente no mercado mundial do petróleo.
O investimento da China na Venezuela é estimado em 50-60 bilhões de dólares (R$ 160-190 bilhões), e a maioria do dinheiro foi investida na prospecção e extração do petróleo. Caso a situação na Venezuela se desenvolva segundo o roteiro norte-americano, as empresas americanas começarão lutando com as empresas chinesas. Segundo o especialista, os norte-americanos são capazes de colocar condições para as exportações de petróleo para a China.
O chefe do Centro de Globalização e Modernização do Instituto de Economia e Comércio da China, Wang Zhimin, compartilhou com a Sputnik China suas ideias sobre o investimento chinês na Venezuela.
"Anteriormente, alguns investimentos chineses não foram muito racionais, por exemplo, o investimento na construção de uma ferrovia de alta velocidade. No entanto, as consequências desagradáveis desse investimento chinês na Venezuela já foram superadas", disse o especialista.
Se a China não se envolver mais na solução da crise venezuelana, os chineses se arriscam a piorar sua imagem de parceiro seguro em toda a América Latina.