Desde 2010, esta é a sexta viagem longa do navio-hospital militar chinês. Sua viagem se iniciou em inícios de agosto. A duração da viagem é de 150 dias. Durante a permanência nos portos de países estrangeiros, os marinheiros chineses proporcionam à população local assistência médica qualificada gratuita e compartilham a experiência profissional com seus colegas. A colaboração humanitária é uma área que permite aos povos e governos entenderem melhor uns aos outros, frisou o politicólogo russo e especialista do Instituto dos Estudos Estratégicos, Adzhar Kurtov:
O diretor do Centro de Estudos do Sul do Pacífico, parte integrante do Instituto de Problemas Internacionais Chinês, compartilha essa opinião.
"Não é uma afirmação completamente correta, porque geralmente o ‘soft power' e os ‘investimentos suaves' são usados para pressionar o ambiente empresarial local ou as elites políticas dominantes", polemiza com o perito europeu o especialista em política asiática da Escola Superior de Economia, Aleksei Maslov:
A missão Arca da Paz é um sinal de que a China incorporou a diplomacia militar na tendência do seu projeto global "Um cinturão e uma rota". Trata-se mesmo da componente naval, porque a China, sendo uma grande potência militar e econômica, foi criticada com muita frequência pela falta de uma presença naval. Para Pequim é importante sinalizar que ela realmente não está apenas presente nos mares, mas que tem experiência de viagens longas.
Maslov acredita que atualmente a China está preparando uma expansão notável de sua presença através de bases navais. Trata-se de bases potenciais no oceano Índico e no Oriente Médio. A base no Djibuti é apenas o primeiro passo, pois a China vai alargar esta prática.