Anteriormente nesta semana, a edição Hindustan Times comunicou que as autoridades da Índia aprovaram a construção de uma rodovia a 20 quilômetros de Pangong Tso. Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, esta área de fronteira, onde Nova Deli pretende construir a rodovia, é disputada e a futura construção vai agravar a solução da questão de Doklam, bem como tornar impossível os lados voltarem às conversações para definir a linha de fronteira entre os dois países.
O lago Pangong Tso está situado perto da região de Aksai Chin, que é controlada pela China, mas a Índia está tentando contestar a soberania da zona.
Ameaça à região
Hua Chunying afirma que a Índia, agindo desse jeito, "tropeça no próprio pé", e que tais ações não contribuem para a paz e a estabilidade da região.
Na semana passada, a mídia publicou informações sobre uma escaramuça entre militares da Índia e da China, que surgiu quando os militares chineses alegadamente entraram na região indiana de Ladakh ao longo da margem do lago Pangong Tso. Segundo o jornal Times of India, a escaramuça acabou quando os dois lados, agindo de acordo com o mecanismo estabelecido, levantaram bandeiras e voltaram às posições ocupadas anteriormente.
A porta-voz chinesa frisou que a parte indiana está observando atentamente as obras de construção da China, mas enquanto isso, as ações da Índia confirmam que "Nova Deli diz uma coisa mas faz outra, as declarações da parte indiana contradizem completamente as suas ações quanto à questão das fronteiras".
Confronto em Doklam
Posteriormente, o Ministério das Relações Exteriores da China comunicou que a área de construção da rodovia está de novo sob o controle de militares chineses. Enquanto isso, a China apelou repetidamente a que a Índia retirasse seus militares do território chinês a fim de não provocar a escalação das tensões.
Xi Jinping, presidente da China, afirmou durante o 90º aniversário da fundação do Exército de Libertação do Povo (PLA, na sigla em inglês), que Pequim continua seguindo os princípios da paz e do diálogo, não vai agir como um agressor ou conquistador, porém, não vai permitir a ninguém tentar a conquistar nem uma pequena área do seu território.