Aleksandr Larin, especialista em questões do Extremo Oriente da Academia de Ciências da Rússia, disse à Sputnik China que este é um dos traços mais distintos da cúpula deste ano.
"É uma inovação. Trata-se da expansão da influência do BRICS, bem como de suas áreas de atividade, fortalecendo, assim, sua atratividade. Ao mesmo tempo, o papel da China está aumentando. Falando objetivamente, ela tem de desempenhar o papel mais importante no BRICS, por ser o país mais forte economicamente. Ela está convertendo esse poder econômico no aumento de sua influência política global", frisou.
"Narendra Modi tenta se posicionar diante os confrontos entre diferentes grupos de interesse. Justamente nesta cúpula ele tem a oportunidade de discutir multilateralmente os problemas da fronteira sino-indiana, bem como as ações de ambas as partes no conflito", acrescentou ele.
O especialista da Academia de Diplomacia chinesa também falou sobre o papel da cúpula em Xiamen para o BRICS.
"A cúpula caracteriza o processo de desenvolvimento do mecanismo de cooperação no âmbito do BRICS […] É a segunda presidência rotativa da China, os seus membros estão aperfeiçoando tanto sua estrutura como influência internacional, que crescem cada vez mais. Mais do que isso, depois da crise financeira de 2008, a situação econômica mundial ficou instável e os países em desenvolvimento estão enfrentando muitos desafios. Nesse contexto, o BRICS se tornou o representante dos países emergentes e da nova unidade econômica, tão importante para a governança global. Finalmente, o BRICS é uma plataforma para a cooperação, que deu bons frutos nos últimos anos", explicou Ren Yuanzhe.