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Confira os resultados da cúpula do BRICS apresentados na declaração final

© REUTERS / StringerIX Cúpula do BRICS realizada entre 3 e 5 de setembro na cidade chinesa de Xiamen
IX Cúpula do BRICS realizada entre 3 e 5 de setembro na cidade chinesa de Xiamen - Sputnik Brasil
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A declaração de Xiamen, que resume os resultados da nona cúpula do BRICS, inclui a posição dos líderes dos países participantes quanto a muitos assuntos importantes, e um dos mais vitais hoje é o teste da bomba hidrogênio realizado pela Coreia do Norte em 3 de setembro.

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Neste domingo (3) as autoridades da Coreia do Norte anunciaram ter realizado um teste bem-sucedido de uma bomba de hidrogênio. Pyongyang manifestou a intenção de instalar ogivas desse tipo em seus mísseis balísticos intercontinentais. A ordem de realizar o teste foi dada pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un.

Nessa conexão, durante a reunião, os líderes do BRICS expressaram profundas preocupações devido às "tensões que permanecem quanto ao problema nuclear de longa data na península da Coreia".

A declaração sublinha que "[o problema nuclear] só poderá ser resolvido por meios pacíficos e através do diálogo de todas as partes interessadas".

Combate ao terrorismo

Além disso, o mundo hoje enfrenta outros problemas ligados à área de defesa. Com o objetivo de resolvê-los, os líderes do BRICS apelaram à comunidade internacional para criar um grupo antiterrorista que seria composto por vários países.

"Nós chamamos a comunidade internacional para estabelecer uma coalizão antiterrorista internacional e apoiamos, nessa conexão, o papel central coordenador da ONU nessa área".

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A declaração destaca que "o combate ao terrorismo deve ser realizado de acordo com o direito internacional, incluindo a Carta da Organização das Nações Unidas, as normas internacionais quanto aos direitos dos refugiados, o direito internacional humanitário, direitos humanos e liberdades principais".

Os líderes do BRICS apelam para "a criação o mais rápido possível de uma convenção abrangente sobre a luta contra o terrorismo internacional e sua aprovação pela Assembleia Geral das Nações Unidas".

Resolução pacífica ou instrumentos militares?

Ao mesmo tempo, a declaração de Xiamen contém a reprovação firme de inferências militares e sanções econômicas.

"Nós condenamos intervenções militares unilaterais, sanções econômicas e o uso infundado de medidas obrigatórias unilaterais que violam o direito internacional e as normas das relações internacionais universalmente reconhecidas", indica o documento.

A declaração também proclama que "nenhum país pode garantir a sua segurança à custa da segurança dos outros".

Propostas para o Iêmen 

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Em particular, os líderes dos BRICS expressaram suas preocupações quanto à situação no Iêmen e apelaram a todas as partes para pararem as ações militares e reiniciarem as negociações, apoiadas pela ONU.

O Iêmen está em guerra civil desde 2014. A Arábia Saudita faz parte de uma coalização internacional com outros países árabes para apoiar o presidente Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi contra os rebeldes Houthi.

Segundo as Nações Unidas, mais de 10 mil pessoas já morreram no conflito e 3 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Cooperação econômica

Apesar dos assuntos militares que ameaçam a paz e abalam a estabilidade mundial, o documento final da nona cúpula dos BRICS inclui a vontade dos líderes do BRICS de desenvolver a cooperação na área econômica, em particular  realizar todos os pagamentos em moedas nacionais em caso de investimentos diretos, se isso for útil para os países:

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"Nós concordamos em manter relações estreitas com o objetivo de desenvolver a cooperação na área monetária, conforme o mandato dos bancos nacionais de cada país [participante do BRICS], inclusivamente através de operações monetárias, pagamentos em moedas nacionais e investimentos diretos, se for útil, bem como analisar outras variantes de colaboração na área monetária".

Nestes dias de setembro, a cidade chinesa de Xiamen alberga a IX cúpula do grupo BRICS, tradicionalmente composto por cinco países com economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

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