'Guerra Fria eleitoral': Rússia espera que EUA usem eleições para desestabilizar o país

© Sputnik / Valery Melnikov / Acessar o banco de imagensSergei Ryabkov
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O vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Ryabkov, afirmou que seus colegas diplomatas esperam que os EUA intensifiquem as atividades destinadas a desestabilizar a Rússia à medida que as eleições presidenciais de 2018 se aproximam, em particular através do aumento do financiamento de vários protestos.

"Em geral, podemos prever que, à medida que as eleições presidenciais se aproximam, as tentativas de influenciar a situação em nosso país, minar a estabilidade por dentro, não diminuirão, mas sim ficar mais fortes", disse Sergei Ryabkov na sessão desta segunda-feira da Comissão para a Proteção da Soberania Nacional da Alta Câmara Russa.

"Não podemos excluir que uma parte dos fundos alocados [pelos EUA] em novas leis será gasto para estimular atividades de protesto em nosso país", acrescentou.

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"O Ministério de Relações Exteriores está acompanhando de perto este processo, juntamente com outras agências de poder executivo", disse o diplomata russo senador. Ryabkov observou que já estava claro que diplomatas e especialistas estadunidenses em questões russas estavam tentando influenciar a geração mais nova, estudantes e vários círculos acadêmicos.

Os senadores russos criaram a Comissão para a Proteção da Soberania Nacional em meados de junho deste ano. As principais tarefas do corpo para monitorar tentativas de outras nações para influenciar a política interna russa e trabalhar em propostas para combater e prevenir.

Prevenção

A mídia russa informa que a ideia de realizar uma sessão dedicada sobre a prevenção de interferências estrangeiras na política russa foi proposta após as reuniões do presidente Vladimir Putin com os líderes da Alemanha e da França. Nas negociações, Putin disse que a Rússia não se intrometeu na política interna de outras nações, mas que sua própria situação interna continua a ser alvo de interferências externas ativas.

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Em um discurso no qual pediu a criação da nova comissão, a presidente da Câmara Alta, Valentina Matviyenko, estimou anualmente a quantidade de dinheiro enviada para a Rússia desde o exterior "não para caridade e não para ajuda social ou médica, mas para atividades políticas" esteja entre US$ 70 bilhões e US$ 100 bilhões.

"À medida que a eleição presidencial se aproxima, é possível que as atividades de protesto ilegais se intensifiquem, preparados pela oposição doméstica e pelos centros de influência estrangeiros. Temos que aumentar o controle sobre o patrocínio estrangeiro das atividades ilegais de forças destrutivas", disse Matviyenko.

O procurador-geral da Rússia, Yury Chaika, disse aos senadores que, nos cinco anos desde que a Rússia introduziu uma lei que exige que todas as organizações que recebem patrocínio do exterior e participem de atividades políticas se registrem como agentes estrangeiros, revelou que cerca de 500 ONGs receberam pelo menos algum financiamento fora do país.

A Rússia foi acusada recentemente por supostamente ter patrocinado a interferência nas eleições presidenciais dos EUA e da França. Em ambos os casos, o Kremlin negou qualquer intromissão.

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