Os terroristas que resistem às tropas sírias em Deir ez-Zor continuam recebendo ajuda do Iraque. O Ministério da Defesa russo assinala que a coalizão encabeçada pelos EUA diminuiu significativamente a quantidade de ataques às posições dos terroristas na parte ocidental do Iraque e finge que está lutando contra o Daesh. Enquanto isso, os combatentes do Daesh continuam conquistando novos territórios no Iraque.
O ministério exigiu que a coalizão liderada pelos EUA esclareça a situação: se desse jeito ela tenciona dificultar a operação das tropas governamentais da Síria em Deir ez-Zor ou, como o ministério notou ironicamente, a coalizão dirige de propósito os terroristas para debaixo dos ataques mortíferos da aviação russa?
De acordo com o representante oficial do ministério, Igor Konashenkov, durante a última semana as tropas sírias, apoiadas pela Força Aeroespacial russa, expandiram significativamente o território controlado ao noroeste e sudeste de Deir ez-Zor. Entretanto, a resistência encarniçada por parte dos terroristas, que agem a partir do vale do Eufrates, não diminuiu. Diariamente, os terroristas recebem apoio do Iraque, incluindo voluntários estrangeiros.
"Não é preciso ter conhecimentos militares profundos para ver alterações estranhas", disse ele.
Assim, com o início da operação das tropas sírias na área de Deir ez-Zor, a coalizão encabeçada pelos EUA diminuiu dramaticamente, até várias vezes em 24 horas, a intensidade dos ataques contra o Daesh no Iraque, "realizando quase cinco vezes menos ataques que na Síria".
"A diminuição do número de ataques no Iraque coincidiu de um jeito estranho com a transferência de grande número de forças dos terroristas do Daesh das áreas fronteiriças iraquianas a Deir ez-Zor, que atualmente estão tentando se consolidar na margem oriental do Eufrates. A coalizão liderada pelos EUA, que finge estar combatendo o Daesh principalmente no Iraque, está vendo isso muito bem, mas continua lutando ativamente contra os terroristas na Síria", assinalou o representante do ministério.
"Os EUA apenas fingem que atacam os terroristas. Já não é segredo para ninguém que há grupos que eles apoiam. Os norte-americanos não vão atacar seus próprios 'amigos', mas pelo contrário, vão os enviar do Iraque à Síria, visando prejudicar nossas unidades e ao exército sírio para que a guerra demore o maior tempo possível. O objetivo principal dos EUA é não deixar a Rússia, Irã e China entrarem no Oriente Médio. Washington está preocupado que a Rússia tem ganhado peso político no Oriente Médio. Por isso, eles vão continuar imitando a luta contra o terrorismo, como de costume. Vale lembrar quantas vezes os EUA já tinham anunciado sobre a eliminação de líderes do Daesh, mas no fim das contas foi revelado que todos estavam vivos. É o que se chama de imitação. Também para os EUA é importante que a guerra tenha lugar no território da Síria, e não no iraquiano, já que eles ainda podem controlar o Iraque, mas não podem controlar a Síria", ressaltou o especialista.