O vice-chefe do Comitê Internacional do Conselho da Federação da Rússia, Andrei Klimov, disse ao jornal russo Izvestia que, durante a etapa de preparação, é muito importante tomar em conta todos os detalhes para que a medida não afete as empresas russas. Mais do que isso, este projeto ainda não foi discutido com a comunidade empresarial.
"A nossa resposta às ações pouco amigáveis dos EUA deve ser sistemática […] É claro por que esse projeto de lei está sendo preparado. As nossas respostas às ações dos EUA são amplas, mas elas têm que ser calculadas de forma cuidadosa para não nos afetarem. Os EUA compram bens diferentes da Rússia, incluindo o titânio. Os nossos concidadãos trabalham nesta esfera, por isso não podemos romper os contatos necessários", sublinhou ele.
Um alto funcionário do Ministério da Indústria e Comércio da Rússia, cuja identidade não foi revelada, disse ao Izvestia que empresários russos querem cooperar com seus colegas norte-americanos e não gostariam de perder os contatos existentes.
Um fator que influi na indústria aeroespacial dos EUA é que ela depende das exportações de titânio e dos bens produzidos a partir deste metal. Segundo vários cálculos, a Rússia fornece à Boeing e Airbus entre 40 e 60 por cento do volume necessário de titânio. Sem este metal, os lançamentos das naves espaciais por parte dos EUA terão grandes dificuldades.