"Se os norte-americanos voltarem a instalar os MBMA [mísseis balísticos de médio alcance] na Europa, como foi antes da entrada em vigor do acordo, isso significaria que o tempo de voo dos mísseis balísticos norte-americanos até às instalações estratégicas da Rússia na parte europeia do país seria reduzido para 7-10 minutos", explicou um especialista anônimo citado pelo portal militar russo VPK, informa o RT.
Uma "resposta espelhada" russa a essa ameaça seria instalar armas similares na região do Ártico, para que o tempo de voo até às instalações estratégicas dos EUA seja mais ou menos o mesmo. Os custos deste plano seriam mínimos, especialmente se forem utilizados os territórios de ilhas russas como a de Kotelny, onde foi instalado recentemente um dos quatro grupos táticos da Frota do Norte russa.
Além disso, os mísseis russos de médio alcance dispersos por todo o enorme território russo no Ártico seriam praticamente indetectáveis, já que se encaixam perfeitamente em qualquer contêiner de transporte marítimo ou terrestre de tamanho padrão, milhares dos quais circulam diariamente pelos mares e ferrovias da região, o que os faria praticamente indetectáveis.
"Poderiam ser instalados em qualquer lugar adequado nas ilhas do Ártico, onde seriam protegidos pelos militares da Frota do Norte ou navegar pela Rota Marítima do Norte, ou serem colocados em qualquer base de exploradores polares russos", sugeriu o analista anônimo.
Ele sublinhou que o Instituto de Engenharia de Calor de Moscou [o centro principal de desenvolvimento de mísseis balísticos a combustível sólido] poderia reiniciar o projeto em qualquer momento e a um nível tecnológico superior.